Um ano passou. O que você fez deste tempo todo que passou? O que você fez dos doze meses, das 52 semanas, dos 365 dias, das oito mil setecentas e sessenta horas, dos quinhentos e vinte cinco mil e seiscentos minutos, dos trinta e um milhões, quinhentos e trinta mil passos/segundos de tempo para preencher? Ou você deixou tudo vazio? Quantas decisões você deixou de tomar no minuto exato? Mas o que você fez em todo esse tempo. Vamos fazer o balanço da vida.
O balanço vai e vem. A vida também, vai e vem, e nesse vai e vem da vida muitos se perdem. Se perdem por que no vai e vem da vida não sabem parar.
Fim de ano. Início do outro ano. Momento de balanços. Balanços empresariais, familiares, balanços de clubes, de sociedades etc. Balanço de coisas.
E o balanço da vida? A gente corre, luta, se preocupa, ganha dinheiro, perde dinheiro, ri e chora, vive alegre e solidões, vibra com a saúde e se deprime com a doença, vive um ano e mais, e mais um..... e quando nota, gastou a vida.
Uma vida voltada para as coisas, voltada para o fora de si mesmo. Com alegria se olha para o carro que se adquiriu, para a geladeira ou para o sofá novo. Com tristeza se conversa sobre o dinheiro que se perdeu, sobre o televisor que se estragou.
E a vida? E a vida?
A vida vai de arrasto atrás das coisas e se perde como ilusão. A vida não se conta. Da vida não se fala. A vida é assunto proibido. E o balanço da vida?
O casal não tem tempo e mesmo nem passou pela cabeça de sentar um pouco no final do ano e rever sua vida matrimonial, seus fracassos e seus progressos. Nem imaginaram roubar um tempo para uma conversa a sós, na intimidade de suas vidas para rever suas posições tomadas, seu relacionamento, sua comunhão de vida. A família faz as festinhas de fim de ano e não tem coragem de sentar em redor de uma mesa para ver e sentir a quantas anda. É assunto proibido examinar o relacionamento entre pais e filhos, a colaboração que existe, as falhas que impedem a harmonia familiar.
E a pessoa humana, eu e você, paramos um momento para sentir que estamos vivendo? A vida nos empurra, nos leva à frente e não paramos para refletir sobre nossas tristezas e alegrias, sobre o quanto amamos e quanto deixamos de amar, sobre o bem que fizemos e o mal que praticamos, sobre a indiferença ou a paixão pela vida. A maioria esmagadora das pessoas passam á margem da vida, sofrendo e lutando sem saber porque, sem buscar a razão do que se faz.
É final de ano. No meio de corre-corre da vida é saudável pararmos para fazer nosso balanço. O balanço da vida. É a única razão de viver. Enquanto nos deixamos envolver pelas coisas e nos deixamos esmagar pelo material não sentiremos a vida. Nós somos muito mais do que isso. Dentro de nós há um reino a construir e a conquistar. Dentro de nós há um tesouro: a vida. Só a sentimos, parando e refletindo.
sábado, 31 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
O OUTRO DISCÍPULO CORREU MAIS DEPRESSA QUE PEDRO, E CHEGOU PRIMEIRO AO TÚMULO.
Jo 20,2-8
Hoje celebramos a festa de S. João Evangelista. A comemoração vem logo após o Natal, porque João foi o primeiro discípulo a acompanhar Jesus. Portanto, foi uma das primeiras pessoas a beber dessa Água Viva que nos foi dada no Natal.
O Evangelho narra o momento, após a morte de Jesus, em que os Apóstolos Pedro e João foram informados por Maria Madalena de que Jesus não estava no túmulo. Os dois foram correndo ao túmulo. Mas João correu mais e chegou antes de Pedro. Ele não precisava fazer isso, mas o seu amor a Jesus era tão grande que o fez correr mais depressa. O amor é assim, ele nos dá pressa.
Dos doze Apóstolos, João era, provavelmente, o mais novo. Quando começou a seguir Jesus, tinha aproximadamente dezessete anos. Por isso, foi também o último a morrer. Faleceu com perto de noventa anos.
João é irmão de outro Apóstolo: Tiago. Seus pais se chamam Zebedeu e Salomé. Os dois irmãos exerciam, junto com o pai, a profissão de pescadores. Antes de pertencer ao grupo de Jesus, eles eram discípulos de João Batista.
O próprio João narra, em seu Evangelho, o chamado que recebeu de Jesus (Jo 1,35-39). Um dia, João Batista apontou para Jesus, que passava, e disse para os seus discípulos: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, expressão que significa Messias. João e André, irmão de Pedro, deixaram então João Batista e passaram a seguir Jesus. Jesus olhou para trás e perguntou-lhes: “Que procurais?” Eles responderam: “Mestre, onde moras?” Jesus disse: “Vinde e vede”. Eles foram, viram, e ficaram com Jesus até o fim da vida.
Como Apóstolo, João, junto com Pedro e Tiago, formavam o trio que Jesus levava consigo nas missões especiais, como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração, a agonia no Jardim das Oliveiras...
Mc 10,35-41 narra que um dia João e seu irmão Tiago pediram a Jesus: “Mestre, quando estiveres na tua glória, nós dois podemos nos assentar, um a tua direita e o outro a tua esquerda?” Jesus respondeu: “Vós não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber do cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. Jesus disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice; mas, quanto a sentar-se à minha direita ou à esquerda, isso não compete a mim, mas ao meu Pai”. Esta cena mostra que, no início, João não era nada santinho. Era ambicioso a cargos de destaque.
Em outra ocasião (Lc 9,52-55), um vilarejo de samaritanos não quis receber o grupo de Jesus. João e Tiago disseram a Jesus: “Mestre, podemos pedir fogo do céu para devorá-los?” Jesus os repreendeu. A partir daí, os dois receberam, no grupo, o apelido de Boanerges, que significa filhos do trovão (Cf Mc 3,17). Isso mostra mais uma vez que João não era muito boa bisca. Era um rapaz de temperamento impulsivo e vingativo.
Foi a convivência com Jesus que o mudou, fazendo dele o Apóstolo do amor e aquele que nos deu a maravilhosa definição de Deus: Deus é amor.
A convivência transforma as pessoas, tornando-as parecidas, no pensar, no sentir e no agir. O processo é lento e imperceptível, mas é implacável. É o que diz o provérbio: “Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és”.
Quem fica perto do fogo, se aquece. O ferro, em contato com o fogo, muda até de cor.
O livro dos Atos dos Apóstolos narra que, após Pentecostes, João exerceu uma atividade missionária intensa. Foi justamente este seu cuidado pastoral que o levou a escrever cinco livros da Bíblia: O quarto Evangelho, as três cartas e o Apocalipse.
Podemos resumir a vida do Apóstolo João com a seguinte frase: Ele tinha um grande amor a Jesus, um grande amor à Igreja e um grande amor ao próximo. É um verdadeiro modelo de cristão.
E João recebeu de Jesus uma miss muito especial e bonita: cuidar de sua mãe, após a sua morte (Cf Jo 19,25-17). Os teólogos dizem que, ali no Calvário, João representava todos os cristãos de todos os tempos. nós. Portanto, naquele momento, ganhamos Maria por mãe.
Vamos, a exemplo de João, levar Maria para a nossa casa. Se o fizermos, podemos ter certeza que com ela irá o céu inteiro, pois ela é a Rainha do céu e da terra.
Hoje celebramos a festa de S. João Evangelista. A comemoração vem logo após o Natal, porque João foi o primeiro discípulo a acompanhar Jesus. Portanto, foi uma das primeiras pessoas a beber dessa Água Viva que nos foi dada no Natal.
O Evangelho narra o momento, após a morte de Jesus, em que os Apóstolos Pedro e João foram informados por Maria Madalena de que Jesus não estava no túmulo. Os dois foram correndo ao túmulo. Mas João correu mais e chegou antes de Pedro. Ele não precisava fazer isso, mas o seu amor a Jesus era tão grande que o fez correr mais depressa. O amor é assim, ele nos dá pressa.
Dos doze Apóstolos, João era, provavelmente, o mais novo. Quando começou a seguir Jesus, tinha aproximadamente dezessete anos. Por isso, foi também o último a morrer. Faleceu com perto de noventa anos.
João é irmão de outro Apóstolo: Tiago. Seus pais se chamam Zebedeu e Salomé. Os dois irmãos exerciam, junto com o pai, a profissão de pescadores. Antes de pertencer ao grupo de Jesus, eles eram discípulos de João Batista.
O próprio João narra, em seu Evangelho, o chamado que recebeu de Jesus (Jo 1,35-39). Um dia, João Batista apontou para Jesus, que passava, e disse para os seus discípulos: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, expressão que significa Messias. João e André, irmão de Pedro, deixaram então João Batista e passaram a seguir Jesus. Jesus olhou para trás e perguntou-lhes: “Que procurais?” Eles responderam: “Mestre, onde moras?” Jesus disse: “Vinde e vede”. Eles foram, viram, e ficaram com Jesus até o fim da vida.
Como Apóstolo, João, junto com Pedro e Tiago, formavam o trio que Jesus levava consigo nas missões especiais, como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração, a agonia no Jardim das Oliveiras...
Mc 10,35-41 narra que um dia João e seu irmão Tiago pediram a Jesus: “Mestre, quando estiveres na tua glória, nós dois podemos nos assentar, um a tua direita e o outro a tua esquerda?” Jesus respondeu: “Vós não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber do cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. Jesus disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice; mas, quanto a sentar-se à minha direita ou à esquerda, isso não compete a mim, mas ao meu Pai”. Esta cena mostra que, no início, João não era nada santinho. Era ambicioso a cargos de destaque.
Em outra ocasião (Lc 9,52-55), um vilarejo de samaritanos não quis receber o grupo de Jesus. João e Tiago disseram a Jesus: “Mestre, podemos pedir fogo do céu para devorá-los?” Jesus os repreendeu. A partir daí, os dois receberam, no grupo, o apelido de Boanerges, que significa filhos do trovão (Cf Mc 3,17). Isso mostra mais uma vez que João não era muito boa bisca. Era um rapaz de temperamento impulsivo e vingativo.
Foi a convivência com Jesus que o mudou, fazendo dele o Apóstolo do amor e aquele que nos deu a maravilhosa definição de Deus: Deus é amor.
A convivência transforma as pessoas, tornando-as parecidas, no pensar, no sentir e no agir. O processo é lento e imperceptível, mas é implacável. É o que diz o provérbio: “Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és”.
Quem fica perto do fogo, se aquece. O ferro, em contato com o fogo, muda até de cor.
O livro dos Atos dos Apóstolos narra que, após Pentecostes, João exerceu uma atividade missionária intensa. Foi justamente este seu cuidado pastoral que o levou a escrever cinco livros da Bíblia: O quarto Evangelho, as três cartas e o Apocalipse.
Podemos resumir a vida do Apóstolo João com a seguinte frase: Ele tinha um grande amor a Jesus, um grande amor à Igreja e um grande amor ao próximo. É um verdadeiro modelo de cristão.
E João recebeu de Jesus uma miss muito especial e bonita: cuidar de sua mãe, após a sua morte (Cf Jo 19,25-17). Os teólogos dizem que, ali no Calvário, João representava todos os cristãos de todos os tempos. nós. Portanto, naquele momento, ganhamos Maria por mãe.
Vamos, a exemplo de João, levar Maria para a nossa casa. Se o fizermos, podemos ter certeza que com ela irá o céu inteiro, pois ela é a Rainha do céu e da terra.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
NÃO SEREIS VÓS QUE HAVEREIS DE FALAR, MAS SIM O ESPÍRITO DO VOSSO PAI.
Mt 10,17-22
Hoje é a festa de Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. Por isso que nós o celebramos logo após o Natal. Ele é o primeiro discípulo dessa criança que nasceu em Belém, e que o seguiu até no martírio.
No Evangelho, próprio da festa, Jesus nos alerta sobre a perseguição que todo cristão sofre, vivendo no meio desse mundo pecador. E ele nos dá orientações sobre como nos comportar nessas horas. Ele pede para não nos preocuparmos com o que falar, pois naquele momento nos será indicado o que devemos dizer. “Não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai”.
Santo Estevão foi a primeira vítima dessas perseguições, depois de Jesus. A primeira Leitura da Missa de hoje narra o seu martírio (At 6,8-10; 7,54-59).
Veja um resumo do que narra At 6-8: Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo... No entanto, começaram a discutir com ele. Como não conseguiam resistir à sabedoria de Estêvão, subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizer blasfêmias contra Moisés e contra nosso Deus”. Então os doutores da Lei o prenderam e o conduziram ao sinédrio.
Lá, o sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “É verdade o que estão dizendo?” Estêvão aproveitou a pergunta para provar, pelas Escrituras, que Jesus é o Messias esperado. Ele fez um discurso longo e belíssimo. Destaques:
O testemunho de Abraão a respeito do Messias.
José foi perseguido por seus irmãos, por inveja (indireta às autoridades ali presentes). O exílio Babilônico aconteceu devido à dureza do coração do povo (outra indireta).
Citando Is 66, Estêvão relativiza o Templo de Jerusalém, dizendo que o Altíssimo não mora em casa feita por mãos humanas: “O céu é o meu trono, e a terra é o apoio dos meus pés. Que casa construireis para mim? Não foi minha mão que fez todas essas coisas? Tudo o que existe fui eu que fiz! Eu olho para o aflito e o de espírito abatido, e também para aquele que estremece diante das minhas palavras!”
Em seguida, Estêvão falou claro: “Homens teimosos, insensíveis e fechados à vontade de Deus! Vocês sempre resistiram ao Espírito Santo. São hoje como foram seus pais! A qual dos profetas os pais de vocês não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual agora vocês se tornaram traidores e assassinos. Vocês receberam a Lei promulgada através da anjos, e não a observam!”
“Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. Repleto do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e disse: ‘Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus’. Então eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram contra Estevão, arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estevão clamou dizendo: ‘Senhor Jesus, acolhe o meu espírito’. Depois dobrou os joelhos e gritou forte:
‘Senhor, não os condenes por este pecado.’ E, ao dizer isto, adormeceu.” (At 7,51-60).
Este “Saulo” é São Paulo. Santo Agostinho fala que foi certamente aquela oração de Estêvão que conseguiu de Deus a conversão de São Paulo. “Se Estêvão não tivesse rezado” – escreve Santo Agostinho – “certte hoje não teríamos o grande Apóstolo dos gentios”.
Estêvão deixou muitos exemplos para nós. Podemos destacar a oração pelos perseguidores, e o seu comportamento na hora da perseguição, aproveitando para evangelizar.
Que Maria Santíssima, e Santo Estevão, nos ajudem a ser testemunhas de Jesus, nas horas fáceis e também nas difíceis.
Hoje é a festa de Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. Por isso que nós o celebramos logo após o Natal. Ele é o primeiro discípulo dessa criança que nasceu em Belém, e que o seguiu até no martírio.
No Evangelho, próprio da festa, Jesus nos alerta sobre a perseguição que todo cristão sofre, vivendo no meio desse mundo pecador. E ele nos dá orientações sobre como nos comportar nessas horas. Ele pede para não nos preocuparmos com o que falar, pois naquele momento nos será indicado o que devemos dizer. “Não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai”.
Santo Estevão foi a primeira vítima dessas perseguições, depois de Jesus. A primeira Leitura da Missa de hoje narra o seu martírio (At 6,8-10; 7,54-59).
Veja um resumo do que narra At 6-8: Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo... No entanto, começaram a discutir com ele. Como não conseguiam resistir à sabedoria de Estêvão, subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizer blasfêmias contra Moisés e contra nosso Deus”. Então os doutores da Lei o prenderam e o conduziram ao sinédrio.
Lá, o sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “É verdade o que estão dizendo?” Estêvão aproveitou a pergunta para provar, pelas Escrituras, que Jesus é o Messias esperado. Ele fez um discurso longo e belíssimo. Destaques:
O testemunho de Abraão a respeito do Messias.
José foi perseguido por seus irmãos, por inveja (indireta às autoridades ali presentes). O exílio Babilônico aconteceu devido à dureza do coração do povo (outra indireta).
Citando Is 66, Estêvão relativiza o Templo de Jerusalém, dizendo que o Altíssimo não mora em casa feita por mãos humanas: “O céu é o meu trono, e a terra é o apoio dos meus pés. Que casa construireis para mim? Não foi minha mão que fez todas essas coisas? Tudo o que existe fui eu que fiz! Eu olho para o aflito e o de espírito abatido, e também para aquele que estremece diante das minhas palavras!”
Em seguida, Estêvão falou claro: “Homens teimosos, insensíveis e fechados à vontade de Deus! Vocês sempre resistiram ao Espírito Santo. São hoje como foram seus pais! A qual dos profetas os pais de vocês não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual agora vocês se tornaram traidores e assassinos. Vocês receberam a Lei promulgada através da anjos, e não a observam!”
“Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. Repleto do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e disse: ‘Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus’. Então eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram contra Estevão, arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estevão clamou dizendo: ‘Senhor Jesus, acolhe o meu espírito’. Depois dobrou os joelhos e gritou forte:
‘Senhor, não os condenes por este pecado.’ E, ao dizer isto, adormeceu.” (At 7,51-60).
Este “Saulo” é São Paulo. Santo Agostinho fala que foi certamente aquela oração de Estêvão que conseguiu de Deus a conversão de São Paulo. “Se Estêvão não tivesse rezado” – escreve Santo Agostinho – “certte hoje não teríamos o grande Apóstolo dos gentios”.
Estêvão deixou muitos exemplos para nós. Podemos destacar a oração pelos perseguidores, e o seu comportamento na hora da perseguição, aproveitando para evangelizar.
Que Maria Santíssima, e Santo Estevão, nos ajudem a ser testemunhas de Jesus, nas horas fáceis e também nas difíceis.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Natal : Adorar Deus simples e pobre
1 – Contemplar Deus na simplicidade
Com o passar dos anos, o Natal foi se transformando numa festa requintada, preocupada com ceias e presentes sofisticados. Muitas sãos as manifestações natalinas que perderam totalmente a relação com a festa do Nascimento de Jesus e, mesmo assim, são apelidadas com o nome de “celebração do Natal”. O Natal deixa de ser Natal quando perde a simplicidade e se transforma em exibicionismo, em epifania que destrói o teológico, impedindo as pessoas, especialmente aos mais simples, de se aproximarem do Mistério da Encarnação. A primeira condição para se celebrar o Santo Natal, para participar do Mistério do Natal, de Deus que nasce da Virgem Maria, que se faz homem para nos salvar, é a simplicidade. Quando a ênfase do Natal é colocada no glamour, no requinte, em presentes sofisticados, a simplicidade divina é deixada de lado e o presépio torna-se decoração natalina onde o anúncio evangélico do anjo se emudece, fica impedido de ser proclamado a quem o contempla.
2 – Contemplar Deus envolto em faixas
De fato, o Natal é uma grande mensagem de simplicidade ao mundo inteiro. Hoje, na celebração litúrgica do Natal, compreendemos a mensagem divina como convite para viver na simplicidade, porque é na simplicidade que se encontra o segredo da vida. Aliás, compreendemos a mensagem divina porque Deus a transmite com simplicidade e pela simplicidade. Deus não embrulha seu presente ao mundo em embalagens requintadas, amarrando-o em fitas ricamente coloridas... o modo como Deus oferece seu presente ao mundo vem “embrulhado” — envolvido, como diz o Evangelho — em faixas, no modo pobre como os pobres de antigamente envolviam a vida recém-nascida. Tudo é simples, tudo é pobre no Natal de Jesus e, por isso o Santo Natal torna-se a grande celebração da simplicidade, tão visivelmente celebrada na alegria simples das crianças, que fazem brilhar seus olhos e seus sorrisos. Deus se envolve em faixas, Deus se faz simples e pobre para que possamos encontrá-lo na simplicidade e na pobreza. Eis as duas portas que nos conduzem para dentro do Mistério do Natal.
3 – Adorar Deus simples e pobre
Não é sem motivo que os pobres e os simples foram os primeiros a encontrar o presente de Deus, envolvido em faixas. A simplicidade divina atrai a simplicidade humana. E quando a simplicidade humana se deixa encantar pela simplicidade divina, nós caíamos de joelhos para adorar o “Emanuel”, adorar a presença de Deus entre nós, envolvido nas faixas da pobreza e na simplicidade de uma criança recém-nascida. É o que compreendemos contemplando o presépio, com tantos personagens ajoelhados ao redor da manjedoura do Deus Menino. É Natal! É a manifestação da simplicidade divina, é a simplicidade humana se ajoelhando adorante diante do Mistério da Palavra que se encarna e nasce da Virgem Maria. Aquele natal requintando, feito de muitas luzes e presentes sofisticados produz um paradoxo: atrai nossos olhares pela beleza e pela surpresa, mas esconde a mensagem da simplicidade pobre de Deus e nos impede de cair de joelhos para adorar o Mistério da Salvação envolvido em faixas, presenteado a nós nessa Noite Santa do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele é um natal sem mensagem de paz, um natal sem mistério, um natal que esconde Deus.
4 – Feliz Natal, envolvido nas faixas de Deus
Hoje, como faço todos os anos, renovo meus votos de Feliz Natal. Neste Natal, desejo que a simplicidade do Menino Deus não apenas toque os vossos corações, mas seja acolhida em minha vida e na vida de todos nós que partilhamos a alegria de celebrar o Santo Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, aqui em nossa comunidade. Celebrem o Natal com alegria, com uma mesa festiva, com a troca de presentes, mas, por favor, não esqueçam de rezar no presépio. Rezar com palavras para agradecer o presente divino que, com toda simplicidade, nos oferece envolvido em faixas. Rezar com os olhos, para contemplar a simplicidade divina nascendo pobre entre nós, deixando que essa cena entre em nossas vidas. Reze também com a imaginação e, pela imaginação entre no presépio e, ao lado de tantos personagens ali ajoelhados, ajoelhe-se e adore Deus, nascido na simplicidade e na pobreza, envolvido em faixas, como presente para que você seja mais feliz e mais santo e santa. Feliz e abençoado Natal a cada um de vocês! Feliz Natal e Boas festas!
Com o passar dos anos, o Natal foi se transformando numa festa requintada, preocupada com ceias e presentes sofisticados. Muitas sãos as manifestações natalinas que perderam totalmente a relação com a festa do Nascimento de Jesus e, mesmo assim, são apelidadas com o nome de “celebração do Natal”. O Natal deixa de ser Natal quando perde a simplicidade e se transforma em exibicionismo, em epifania que destrói o teológico, impedindo as pessoas, especialmente aos mais simples, de se aproximarem do Mistério da Encarnação. A primeira condição para se celebrar o Santo Natal, para participar do Mistério do Natal, de Deus que nasce da Virgem Maria, que se faz homem para nos salvar, é a simplicidade. Quando a ênfase do Natal é colocada no glamour, no requinte, em presentes sofisticados, a simplicidade divina é deixada de lado e o presépio torna-se decoração natalina onde o anúncio evangélico do anjo se emudece, fica impedido de ser proclamado a quem o contempla.
2 – Contemplar Deus envolto em faixas
De fato, o Natal é uma grande mensagem de simplicidade ao mundo inteiro. Hoje, na celebração litúrgica do Natal, compreendemos a mensagem divina como convite para viver na simplicidade, porque é na simplicidade que se encontra o segredo da vida. Aliás, compreendemos a mensagem divina porque Deus a transmite com simplicidade e pela simplicidade. Deus não embrulha seu presente ao mundo em embalagens requintadas, amarrando-o em fitas ricamente coloridas... o modo como Deus oferece seu presente ao mundo vem “embrulhado” — envolvido, como diz o Evangelho — em faixas, no modo pobre como os pobres de antigamente envolviam a vida recém-nascida. Tudo é simples, tudo é pobre no Natal de Jesus e, por isso o Santo Natal torna-se a grande celebração da simplicidade, tão visivelmente celebrada na alegria simples das crianças, que fazem brilhar seus olhos e seus sorrisos. Deus se envolve em faixas, Deus se faz simples e pobre para que possamos encontrá-lo na simplicidade e na pobreza. Eis as duas portas que nos conduzem para dentro do Mistério do Natal.
3 – Adorar Deus simples e pobre
Não é sem motivo que os pobres e os simples foram os primeiros a encontrar o presente de Deus, envolvido em faixas. A simplicidade divina atrai a simplicidade humana. E quando a simplicidade humana se deixa encantar pela simplicidade divina, nós caíamos de joelhos para adorar o “Emanuel”, adorar a presença de Deus entre nós, envolvido nas faixas da pobreza e na simplicidade de uma criança recém-nascida. É o que compreendemos contemplando o presépio, com tantos personagens ajoelhados ao redor da manjedoura do Deus Menino. É Natal! É a manifestação da simplicidade divina, é a simplicidade humana se ajoelhando adorante diante do Mistério da Palavra que se encarna e nasce da Virgem Maria. Aquele natal requintando, feito de muitas luzes e presentes sofisticados produz um paradoxo: atrai nossos olhares pela beleza e pela surpresa, mas esconde a mensagem da simplicidade pobre de Deus e nos impede de cair de joelhos para adorar o Mistério da Salvação envolvido em faixas, presenteado a nós nessa Noite Santa do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele é um natal sem mensagem de paz, um natal sem mistério, um natal que esconde Deus.
4 – Feliz Natal, envolvido nas faixas de Deus
Hoje, como faço todos os anos, renovo meus votos de Feliz Natal. Neste Natal, desejo que a simplicidade do Menino Deus não apenas toque os vossos corações, mas seja acolhida em minha vida e na vida de todos nós que partilhamos a alegria de celebrar o Santo Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, aqui em nossa comunidade. Celebrem o Natal com alegria, com uma mesa festiva, com a troca de presentes, mas, por favor, não esqueçam de rezar no presépio. Rezar com palavras para agradecer o presente divino que, com toda simplicidade, nos oferece envolvido em faixas. Rezar com os olhos, para contemplar a simplicidade divina nascendo pobre entre nós, deixando que essa cena entre em nossas vidas. Reze também com a imaginação e, pela imaginação entre no presépio e, ao lado de tantos personagens ali ajoelhados, ajoelhe-se e adore Deus, nascido na simplicidade e na pobreza, envolvido em faixas, como presente para que você seja mais feliz e mais santo e santa. Feliz e abençoado Natal a cada um de vocês! Feliz Natal e Boas festas!
sábado, 24 de dezembro de 2011
Amanhã é Natal
"Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz." Madre Teresa de Calcutá
Amanhã é Natal
Os dias se sucedem tão rápidos que nem nos damos conta... e amanhã já é Natal outra vez...
Você certamente teve problemas, trabalhou, sofreu, sorriu... como todo mundo.
Foram tantos os obstáculos... mas as forças foram ainda maiores, que permitiram superá-los.
Os desentendimentos familiares não foram poucos... mas a fraternidade logrou êxito.
Um filho querido talvez tenha adentrado pelos escuros caminhos das drogas, mas a coragem foi tanta que deu suporte nos momentos amargos.
O lar, tão tranqüilo outrora, esteve ameaçado por terríveis tempestades... Quase sucumbiu... mas os laços fortes do amor o sustentaram...
A separação promovida pela morte dilacerou as fibras mais sutis da alma... mas a fé em Deus e a certeza da imortalidade conseguiram cicatrizá-las.
A enfermidade cruel nos visitou ou visitou os entes queridos, mas a confiança e a dedicação conseguiram afastá-la.
Enfim, foram tantas dores, tantos momentos amargos... mas também tantas alegrias, tantas vitórias...
Amanhã é Natal...
E Natal é tempo de fraternidade, perdão, solidariedade...
E porque amanhã é Natal, reunamo-nos todos os que lutamos juntos, na alegria e na dor, e que permanecemos unidos.
Olhemos para a mãezinha a quem chamamos o ano inteiro para pedir roupa limpa, comida, e digamos: mãe, o que seria da minha vida sem você? Eu a amo mãezinha querida.
Ao pai a quem só nos dirigimos para pedir dinheiro, carro emprestado, cartão de crédito... Falemos com carinho: olá, velho! Apesar de não ter o costume de dizer, eu o amo! Tenho certeza de que minha vida não teria sentido sem você.
Acerquemo-nos daquele irmão com quem não conversamos, olhemos nos seus olhos e falemos: olá, mano! Que bom ter você no meu caminho!
Aproximemo-nos daquele filho drogado, infeliz, e falemos com ternura: filho, você é a estrela da minha estrada! Sem você a vida não teria sentido...
E, porque amanhã é Natal... Busquemos a serviçal doméstica, que chega ao nosso lar muitas vezes antes do sol nascer e só vai embora depois que o último filho chega do colégio para lavar a louça e deixar tudo em ordem, e digamos: minha amiga, precisamos uns dos outros, que bom poder contar com você por mais um ano!
E, porque amanhã é Natal... Olhemos para nosso patrão e falemos o quanto ele tem sido importante em nossa vida, pois nos ajuda a ganhar o pão de cada dia.
E, porque amanhã é Natal..., Busquemos um lar pobre, onde a fome insiste em se fazer presente e a expulsemos, ainda que por um dia...
Levemos uma alimentação saborosa, temperada com o nosso mais puro afeto e permaneçamos por algum tempo junto aos habitantes, irmãos financeiramente mais carentes do que nós.
................................
E, porque amanhã é Natal... lembremo-nos do Aniversariante mais ilustre de que a Terra teve notícias...
Arrebentemos os laços da discórdia que porventura haja entre os familiares e amigos e abracemo-nos com ternura.
E, porque amanhã é Natal... mostremos ao aniversariante que a Sua vinda à Terra não foi em vão...
Roguemos que nos perdoe por tê-Lo crucificado... E deixemos que Ele nos abrace e nos aconchegue junto ao Seu coração magnânimo...
Porque amanhã... amanhã é Natal
Amanhã é Natal
Os dias se sucedem tão rápidos que nem nos damos conta... e amanhã já é Natal outra vez...
Você certamente teve problemas, trabalhou, sofreu, sorriu... como todo mundo.
Foram tantos os obstáculos... mas as forças foram ainda maiores, que permitiram superá-los.
Os desentendimentos familiares não foram poucos... mas a fraternidade logrou êxito.
Um filho querido talvez tenha adentrado pelos escuros caminhos das drogas, mas a coragem foi tanta que deu suporte nos momentos amargos.
O lar, tão tranqüilo outrora, esteve ameaçado por terríveis tempestades... Quase sucumbiu... mas os laços fortes do amor o sustentaram...
A separação promovida pela morte dilacerou as fibras mais sutis da alma... mas a fé em Deus e a certeza da imortalidade conseguiram cicatrizá-las.
A enfermidade cruel nos visitou ou visitou os entes queridos, mas a confiança e a dedicação conseguiram afastá-la.
Enfim, foram tantas dores, tantos momentos amargos... mas também tantas alegrias, tantas vitórias...
Amanhã é Natal...
E Natal é tempo de fraternidade, perdão, solidariedade...
E porque amanhã é Natal, reunamo-nos todos os que lutamos juntos, na alegria e na dor, e que permanecemos unidos.
Olhemos para a mãezinha a quem chamamos o ano inteiro para pedir roupa limpa, comida, e digamos: mãe, o que seria da minha vida sem você? Eu a amo mãezinha querida.
Ao pai a quem só nos dirigimos para pedir dinheiro, carro emprestado, cartão de crédito... Falemos com carinho: olá, velho! Apesar de não ter o costume de dizer, eu o amo! Tenho certeza de que minha vida não teria sentido sem você.
Acerquemo-nos daquele irmão com quem não conversamos, olhemos nos seus olhos e falemos: olá, mano! Que bom ter você no meu caminho!
Aproximemo-nos daquele filho drogado, infeliz, e falemos com ternura: filho, você é a estrela da minha estrada! Sem você a vida não teria sentido...
E, porque amanhã é Natal... Busquemos a serviçal doméstica, que chega ao nosso lar muitas vezes antes do sol nascer e só vai embora depois que o último filho chega do colégio para lavar a louça e deixar tudo em ordem, e digamos: minha amiga, precisamos uns dos outros, que bom poder contar com você por mais um ano!
E, porque amanhã é Natal... Olhemos para nosso patrão e falemos o quanto ele tem sido importante em nossa vida, pois nos ajuda a ganhar o pão de cada dia.
E, porque amanhã é Natal..., Busquemos um lar pobre, onde a fome insiste em se fazer presente e a expulsemos, ainda que por um dia...
Levemos uma alimentação saborosa, temperada com o nosso mais puro afeto e permaneçamos por algum tempo junto aos habitantes, irmãos financeiramente mais carentes do que nós.
................................
E, porque amanhã é Natal... lembremo-nos do Aniversariante mais ilustre de que a Terra teve notícias...
Arrebentemos os laços da discórdia que porventura haja entre os familiares e amigos e abracemo-nos com ternura.
E, porque amanhã é Natal... mostremos ao aniversariante que a Sua vinda à Terra não foi em vão...
Roguemos que nos perdoe por tê-Lo crucificado... E deixemos que Ele nos abrace e nos aconchegue junto ao Seu coração magnânimo...
Porque amanhã... amanhã é Natal
O SOL QUE NASCE DO ALTO NOS VISITARÁ.
Lc 1,67-79
Temos neste Evangelho o belíssimo cântico de Zacarias, o pai de João Batista.
Ele começa dizendo: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. A redenção foi o maior presente de Jesus. Agora, tantos séculos depois, podemos repetir essas palavras, pois a visita de Deus a nós não terminou. Ele veio para ficar.
“Fez aparecer para nós a força da salvação.” Deus é maior que as forças do mal que querem nos levar à perdição.
“Como tinha prometido”. Deus cumpre as promessas que faz. Ele não tem pressa porque quem tem todo o poder na mão não tem pressa. A pressa é ligada à insegurança de quem não tem todo o poder.
“Para salvar-nos dos nossos inimigos.” Todos temos inimigos. São os que nos prejudicam ou querem levar-nos para o mal. Até nós, sem querer, podemos ser inimigos de alguma pessoa. Mas nenhum inimigo, da terra ou do outro mundo, isto é, o demônio, tem poder sobre nós, porque Deus visitou o seu povo e o libertou. Jesus nos deu todos os meios para nos libertarmos dos inimigos, sejam eles quais forem. Cabe a nós apenas usar esses meios. Um deles é a Santa Igreja, a vida em Comunidade.
“Para que, sem temor e libertos das mãos dos nossos inimigos, nós o sirvamos, com santidade e justiça.” Santidade é viver bem com Deus; justiça é viver bem com o próximo. E isso “sem temor”. Precisamos libertar-nos do temor, pois ele é o primeiro obstáculo que entrava a caminhada dos cristãos. Cada um de nós tem medo de uma coisa, e enquanto isso os maus avançam e conquistam o mundo.
“Nós o sirvamos... em sua presença todos os dias da nossa vida.” Mesmo que a nossa vida dure noventa, cem ou mais anos, vamos servir a Deus todos os dias sem nos cansaço nem desânimo. A Bíblia está cheia de idosos e idosas que serviram a Deus sem interrupção, apesar de morrerem em idade muito avançada. Por exemplo, os profetas Simeão e Ana (Lc 2,25-38).
Em seguida, Zacarias se volta para seu filho: “E tu, menino, serás profeta do Altíssimo, pois irás
adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos”. Também nós somos chamados a ser profetas do Altíssimo, preparando os caminhos do Senhor.
Mas Zacarias volta a falar do Verbo encarnado: “Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará”. Jesus é como o sol que nasce de madrugada, vence as trevas da noite e ilumina toda a terra. Que bom se saíssemos da sombra e nos deixássemos iluminar e aquecer por esse sol!
“Para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte.” Ao vermos as luzes do Natal brilhando em toda parte, lembremo-nos de que somos portadores da luz de Cristo, especialmente para iluminar os que jazem nas trevas e sombras da morte.
Nós devíamos ser como aquelas tomadas fosforescentes. Elas recebem a luz durante o dia, e guardam. À noite, elas brilham para que as pessoas possam vê-las mesmo no escuro.
Natal é a festa da esperança. O nascimento de Jesus foi e é uma nova esperança: a nossa vida e o mundo têm conserto, porque Deus veio ajudar.
“E dirigir nossos passos no caminho da paz.” Nós queremos ter paz e ser instrumentos de paz.
Vamos olhar o nascimento de Jesus assim, com os olhos de Zacarias. Mas sem cair na fraqueza dele, tendo dúvidas a respeito da ação divina.
Que Maria Santíssima, e Zacarias, Isabel e João Batista, intercedam a Deus por nós, para que celebremos bem o nascimento de Jesus.
Temos neste Evangelho o belíssimo cântico de Zacarias, o pai de João Batista.
Ele começa dizendo: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. A redenção foi o maior presente de Jesus. Agora, tantos séculos depois, podemos repetir essas palavras, pois a visita de Deus a nós não terminou. Ele veio para ficar.
“Fez aparecer para nós a força da salvação.” Deus é maior que as forças do mal que querem nos levar à perdição.
“Como tinha prometido”. Deus cumpre as promessas que faz. Ele não tem pressa porque quem tem todo o poder na mão não tem pressa. A pressa é ligada à insegurança de quem não tem todo o poder.
“Para salvar-nos dos nossos inimigos.” Todos temos inimigos. São os que nos prejudicam ou querem levar-nos para o mal. Até nós, sem querer, podemos ser inimigos de alguma pessoa. Mas nenhum inimigo, da terra ou do outro mundo, isto é, o demônio, tem poder sobre nós, porque Deus visitou o seu povo e o libertou. Jesus nos deu todos os meios para nos libertarmos dos inimigos, sejam eles quais forem. Cabe a nós apenas usar esses meios. Um deles é a Santa Igreja, a vida em Comunidade.
“Para que, sem temor e libertos das mãos dos nossos inimigos, nós o sirvamos, com santidade e justiça.” Santidade é viver bem com Deus; justiça é viver bem com o próximo. E isso “sem temor”. Precisamos libertar-nos do temor, pois ele é o primeiro obstáculo que entrava a caminhada dos cristãos. Cada um de nós tem medo de uma coisa, e enquanto isso os maus avançam e conquistam o mundo.
“Nós o sirvamos... em sua presença todos os dias da nossa vida.” Mesmo que a nossa vida dure noventa, cem ou mais anos, vamos servir a Deus todos os dias sem nos cansaço nem desânimo. A Bíblia está cheia de idosos e idosas que serviram a Deus sem interrupção, apesar de morrerem em idade muito avançada. Por exemplo, os profetas Simeão e Ana (Lc 2,25-38).
Em seguida, Zacarias se volta para seu filho: “E tu, menino, serás profeta do Altíssimo, pois irás
adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos”. Também nós somos chamados a ser profetas do Altíssimo, preparando os caminhos do Senhor.
Mas Zacarias volta a falar do Verbo encarnado: “Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará”. Jesus é como o sol que nasce de madrugada, vence as trevas da noite e ilumina toda a terra. Que bom se saíssemos da sombra e nos deixássemos iluminar e aquecer por esse sol!
“Para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte.” Ao vermos as luzes do Natal brilhando em toda parte, lembremo-nos de que somos portadores da luz de Cristo, especialmente para iluminar os que jazem nas trevas e sombras da morte.
Nós devíamos ser como aquelas tomadas fosforescentes. Elas recebem a luz durante o dia, e guardam. À noite, elas brilham para que as pessoas possam vê-las mesmo no escuro.
Natal é a festa da esperança. O nascimento de Jesus foi e é uma nova esperança: a nossa vida e o mundo têm conserto, porque Deus veio ajudar.
“E dirigir nossos passos no caminho da paz.” Nós queremos ter paz e ser instrumentos de paz.
Vamos olhar o nascimento de Jesus assim, com os olhos de Zacarias. Mas sem cair na fraqueza dele, tendo dúvidas a respeito da ação divina.
Que Maria Santíssima, e Zacarias, Isabel e João Batista, intercedam a Deus por nós, para que celebremos bem o nascimento de Jesus.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
A mão do Senhor estava com ele.
Lc 1,57-66
ESTE EVANGELHO NARRA O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA.
A mão do Senhor estava com João Batista, para protegê-lo sempre e para que ele crescesse e se desenvolvesse na direção do plano de Deus para o qual foi criado. Sua missão era muito importante: preparar o caminho do Jesus, preparando o povo para recebê-lo. Ele devia ser “uma voz que clama no deserto” (Lc 3,4).
João colaborou com a graça de Deus: foi para o deserto, fez penitência, anunciou a justiça e denunciou a injustiça. Foi corajoso, e por isso morreu mártir.
Também nós temos uma missão na terra, que é só nossa, como João Batista. Ele é um exemplo para nós. Na crisma, nós nos tornamos profetas de Cristo e membros ativos da sua Igreja, na qual devemos cumprir uma função, isto é, uma pastoral, ministério ou serviço. A mão do Senhor está conosco, como esteve sempre com João Batista.
“A Boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus.” O primeiro gesto profético de João Batista foi, logo que nasceu, abrir a boca de seu pai Zacarias. O profeta abre os nossos ouvidos para ouvirmos os recados que Deus tem para o povo, abre os nossos olhos para vermos o mundo que nos rodeia, e abre a nossa boca para proclamar, apontando as situações evangélicas e denunciando as situações anti-evangélicas. Não é fácil fazer isso, mas a mão do Senhor está conosco.
O Novo Testamento começa com dois fatos humanamente impossíveis, e que por isso exigiram muita fé: uma senhora idosa dá à luz, e uma jovem fica grávida sem relação com um homem. O plano de Deus ultrapassa as realidades empíricas e naturais, por isso exigem fé.
Santo Tomás de Aquino era italiano e viveu no Séc. XIII. Entrou na Ordem dos Dominicanos e tornou-se um dos maiores teólogos da Igreja.
Era um homem muito simples, alegre e brincalhão. Era também, dizem, um pouco distraído, o que é próprio das pessoas de inteligência muito profunda.
Um dia, ele estava almoçando, chegou um Irmão e lhe disse: “Pe. Tomás, venha aqui fora ver um boi voando!”
Ele foi, coitado! Chegou lá fora, olhou para cima e não viu nada. Então o Irmão deu risada e disse: “Mas Pe. Tomás, onde já se viu um boi voar!” Ele respondeu: “Eu acho mais fácil um boi voar do que um religioso mentir”.
Pronto. Foi buscar lã e saiu tosquiado.
Os pecadores gostam de mentir. Mentem até por brincadeira. Mas os cristãos não estão acostumados com mentira; por isso às vezes acredita nas pessoas até “demais”. O profeta é fiel à verdade.
Que Maria Santíssima, a Rainha dos Profetas, e S. João Batista, nos ajudem a ser bons profetas e boas profetizas de Deus.
ESTE EVANGELHO NARRA O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA.
A mão do Senhor estava com João Batista, para protegê-lo sempre e para que ele crescesse e se desenvolvesse na direção do plano de Deus para o qual foi criado. Sua missão era muito importante: preparar o caminho do Jesus, preparando o povo para recebê-lo. Ele devia ser “uma voz que clama no deserto” (Lc 3,4).
João colaborou com a graça de Deus: foi para o deserto, fez penitência, anunciou a justiça e denunciou a injustiça. Foi corajoso, e por isso morreu mártir.
Também nós temos uma missão na terra, que é só nossa, como João Batista. Ele é um exemplo para nós. Na crisma, nós nos tornamos profetas de Cristo e membros ativos da sua Igreja, na qual devemos cumprir uma função, isto é, uma pastoral, ministério ou serviço. A mão do Senhor está conosco, como esteve sempre com João Batista.
“A Boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus.” O primeiro gesto profético de João Batista foi, logo que nasceu, abrir a boca de seu pai Zacarias. O profeta abre os nossos ouvidos para ouvirmos os recados que Deus tem para o povo, abre os nossos olhos para vermos o mundo que nos rodeia, e abre a nossa boca para proclamar, apontando as situações evangélicas e denunciando as situações anti-evangélicas. Não é fácil fazer isso, mas a mão do Senhor está conosco.
O Novo Testamento começa com dois fatos humanamente impossíveis, e que por isso exigiram muita fé: uma senhora idosa dá à luz, e uma jovem fica grávida sem relação com um homem. O plano de Deus ultrapassa as realidades empíricas e naturais, por isso exigem fé.
Santo Tomás de Aquino era italiano e viveu no Séc. XIII. Entrou na Ordem dos Dominicanos e tornou-se um dos maiores teólogos da Igreja.
Era um homem muito simples, alegre e brincalhão. Era também, dizem, um pouco distraído, o que é próprio das pessoas de inteligência muito profunda.
Um dia, ele estava almoçando, chegou um Irmão e lhe disse: “Pe. Tomás, venha aqui fora ver um boi voando!”
Ele foi, coitado! Chegou lá fora, olhou para cima e não viu nada. Então o Irmão deu risada e disse: “Mas Pe. Tomás, onde já se viu um boi voar!” Ele respondeu: “Eu acho mais fácil um boi voar do que um religioso mentir”.
Pronto. Foi buscar lã e saiu tosquiado.
Os pecadores gostam de mentir. Mentem até por brincadeira. Mas os cristãos não estão acostumados com mentira; por isso às vezes acredita nas pessoas até “demais”. O profeta é fiel à verdade.
Que Maria Santíssima, a Rainha dos Profetas, e S. João Batista, nos ajudem a ser bons profetas e boas profetizas de Deus.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
O TODO-PODEROSO FEZ GRANDES COISAS EM MEU FAVOR.
Lc 1,46-56
Este Evangelho traz para nós o belíssimo hino que Maria cantou na casa de Isabel, o Magnificat. É a mais bela oração de agradecimento de todos os tempos.
Ela fica feliz e agradece a Deus a Redenção. Naquela criança, que ainda nem tinha nascido, ela anteviu a realização de todas as esperanças do seu povo.
Nosso Deus é poderoso, e vem com a força de seu braço. A sua misericórdia, manifestada no passado, “se estende de geração em geração, a todos os que o temem”. Portanto, também a nós, do Séc. XXI.
Maria se alegra por Deus mostrar o seu amor aos pequenos e necessitados. E veja a própria circunstância em que ela cantou: Tinha ido ajudar a prima, que precisava de um auxílio. É assim que se constrói a nova ordem social inaugurada por Jesus. Ela conta com a nossa fé, fé tão grande a ponto de nos disponibilizarmos a colaborar, mesmo antes de ver as promessas de Deus acontecerem. É assim que Deus nos mostrará a força do seu braço.
A Mãe de Jesus via a Encarnação como o início de uma vida nova na terra, em todos os sentidos. Os soberbos foram dispersados, os poderosos foram derrubados de seus tronos, os famintos terão abundância de bens e os ricos serão despedidos de mãos vazias.
“O Senhor olhou para a humildade de sua serva... Fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo!” Em outras palavras: “Tudo isso é mérito de Deus, não meu”.
Vamos também nós, neste advento, nos alegrarmos pela vinda do Messias, acontecida há 2008 anos, e sairmos de nossas casas, inaugurando já agora a construção do Reino de Deus.
Este é o sonho de Jesus, de Maria e nosso: uma sociedade transformada a partir do coração humano. Que Maria nos ajude a trazer para o nosso meio o Reino do seu Filho.
Certa vez, estava havendo as santas missões numa pequena cidade do interior, e às cinco horas a esposa acordou o seu marido: “Bem, vamos à procissão da penitência?” Ele respondeu: “Hoje não! Amanhã nós iremos”. E os dois puxaram novamente o cobertor, para continuar dormindo.
Neste momento, a cama se quebrou e o casal foi para o chão. Envergonhados, eles se olharam com um sorriso amarelo, levantaram-se e foram para a procissão da penitência. Os dois, mesmo sem dizer, entenderam o sinal de Deus, pois estavam precisando de um passo à frente na vida cristã. Nós não conhecemos o futuro. E se amanhã for tarde demais?
Após a celebração, os dois se confessaram e daí para frente, nem eles os filhos não perderam mais nada do evento religioso que acontecia na paróquia.
A nossa vida aqui na terra é curta, e nós não podemos perder nenhuma oportunidade de acolher a visita de Jesus à nossa vida. É assim que acolhemos a misericórdia de Deus, que “se estende de geração em geração a todos os que o temem”.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado
Este Evangelho traz para nós o belíssimo hino que Maria cantou na casa de Isabel, o Magnificat. É a mais bela oração de agradecimento de todos os tempos.
Ela fica feliz e agradece a Deus a Redenção. Naquela criança, que ainda nem tinha nascido, ela anteviu a realização de todas as esperanças do seu povo.
Nosso Deus é poderoso, e vem com a força de seu braço. A sua misericórdia, manifestada no passado, “se estende de geração em geração, a todos os que o temem”. Portanto, também a nós, do Séc. XXI.
Maria se alegra por Deus mostrar o seu amor aos pequenos e necessitados. E veja a própria circunstância em que ela cantou: Tinha ido ajudar a prima, que precisava de um auxílio. É assim que se constrói a nova ordem social inaugurada por Jesus. Ela conta com a nossa fé, fé tão grande a ponto de nos disponibilizarmos a colaborar, mesmo antes de ver as promessas de Deus acontecerem. É assim que Deus nos mostrará a força do seu braço.
A Mãe de Jesus via a Encarnação como o início de uma vida nova na terra, em todos os sentidos. Os soberbos foram dispersados, os poderosos foram derrubados de seus tronos, os famintos terão abundância de bens e os ricos serão despedidos de mãos vazias.
“O Senhor olhou para a humildade de sua serva... Fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo!” Em outras palavras: “Tudo isso é mérito de Deus, não meu”.
Vamos também nós, neste advento, nos alegrarmos pela vinda do Messias, acontecida há 2008 anos, e sairmos de nossas casas, inaugurando já agora a construção do Reino de Deus.
Este é o sonho de Jesus, de Maria e nosso: uma sociedade transformada a partir do coração humano. Que Maria nos ajude a trazer para o nosso meio o Reino do seu Filho.
Certa vez, estava havendo as santas missões numa pequena cidade do interior, e às cinco horas a esposa acordou o seu marido: “Bem, vamos à procissão da penitência?” Ele respondeu: “Hoje não! Amanhã nós iremos”. E os dois puxaram novamente o cobertor, para continuar dormindo.
Neste momento, a cama se quebrou e o casal foi para o chão. Envergonhados, eles se olharam com um sorriso amarelo, levantaram-se e foram para a procissão da penitência. Os dois, mesmo sem dizer, entenderam o sinal de Deus, pois estavam precisando de um passo à frente na vida cristã. Nós não conhecemos o futuro. E se amanhã for tarde demais?
Após a celebração, os dois se confessaram e daí para frente, nem eles os filhos não perderam mais nada do evento religioso que acontecia na paróquia.
A nossa vida aqui na terra é curta, e nós não podemos perder nenhuma oportunidade de acolher a visita de Jesus à nossa vida. É assim que acolhemos a misericórdia de Deus, que “se estende de geração em geração a todos os que o temem”.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE.
Lc 1,39-45
Este Evangelho, o mesmo de ontem, narra a visita de Maria a Isabel e a saudação de Isabel.
Maria foi às pressas. Não precisava tanta pressa. Mas é o desejo de anunciar a nova aurora para a humanidade. É também a força da caridade derramada no mundo pelo Espírito Santo, que Jesus nos trouxe, e do qual Maria acaba de se tornar esposa. O amor desperta dinamismo em nós. Ele suscita pressa em ajudar. A região era montanhosa, quer dizer, difícil de caminhar. E longe. A distância é de 150 km.
O amor de Deus, que foi derramado em nossos corações no batismo, nos impulsiona a amar o próximo e a descobrir as necessidades dos nossos irmãos e irmãs. "Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele" (1Jo 4,16). "Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos" (1Jo 3,14).
A criança que Maria trás dentro de si faz João Batista pular de alegria no ventre materno. Jesus veio trazer alegria. E a presença de Jesus transforma Isabel, uma mulher simples do povo, numa profetiza. É o que disse Maria: Ele vem com a força do seu braço.
Jesus foi o maior presente que a humanidade ganhou. Basta pensar na Santa Igreja, nos sacramentos, no Novo Testamento... São desdobramentos desse presente.
“Bem-aventurada aquela que acreditou.” Além das oito bem-aventuranças, temos mais esta, proclamado por Isabel. Que nós também tenhamos muita fé, para seremos bem-aventurados.
Maria foi a primeira pessoa a acreditar em Jesus, e também a sua primeira discípula e primeira missionária. A visita a Isabel foi a primeira procissão de Corpus Christi.
A Palavra de Deus é como a semente. Ela é fecunda, até em quem é estéril, como Isabel. Se deixamos a chuva da graça molhar o nosso coração, ela cresce e produz frutos.
“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” Na Ave Maria, nós continuamos repetindo essa exaltação de Isabel.
Antífona do Ó: “Ó Sol nascente justiceiro, resplendor da Luz eterna: Oh, vinde e iluminar os que jazem entre as trevas, e na sombra do pecado e da morte estão sentados”.
Existe um casal que não tiveram filhos, então adotaram duas crianças, um menino e uma menina. O menino é deficiente mental.
Uma vizinha ia à casa deles e dizia que Nossa Senhora é uma mulher qualquer, e que imagem é coisa errada. A mãe começou a ser envolvida. Ficou triste, tirou as imagens e crucifixo de sua casa e parou de rezar o terço.
Num domingo, eles estavam no banco da igreja, esperando o início da Missa. Estava o casal e as duas crianças. De repente, o menino se levanta, vai lá na frente, abraça a imagem de Nossa Senhora, dá um beijo nela, e volta para o seu lugar.
A mãe sentiu um grande medo e ficou maravilhada, pois recebeu o gesto do filho como um sinal de Deus. Voltando para casa, imediatamente ela recolocou o crucifixo e as imagens nos seus lugares, voltou a rezar o terço, e nunca mais duvidou de sua fé católica. Ela ficou com medo porque o recado de Nossa Senhora foi direto, e vindo através de uma criança deficiente mental.
Vamos pedir a Maria Santíssima e a Santa Isabel que nos ajudem a seguir o seu exemplo na abertura à visita de Deus. Assim o nosso Natal será uma festa como o aniversariante quer.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado
Este Evangelho, o mesmo de ontem, narra a visita de Maria a Isabel e a saudação de Isabel.
Maria foi às pressas. Não precisava tanta pressa. Mas é o desejo de anunciar a nova aurora para a humanidade. É também a força da caridade derramada no mundo pelo Espírito Santo, que Jesus nos trouxe, e do qual Maria acaba de se tornar esposa. O amor desperta dinamismo em nós. Ele suscita pressa em ajudar. A região era montanhosa, quer dizer, difícil de caminhar. E longe. A distância é de 150 km.
O amor de Deus, que foi derramado em nossos corações no batismo, nos impulsiona a amar o próximo e a descobrir as necessidades dos nossos irmãos e irmãs. "Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele" (1Jo 4,16). "Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos" (1Jo 3,14).
A criança que Maria trás dentro de si faz João Batista pular de alegria no ventre materno. Jesus veio trazer alegria. E a presença de Jesus transforma Isabel, uma mulher simples do povo, numa profetiza. É o que disse Maria: Ele vem com a força do seu braço.
Jesus foi o maior presente que a humanidade ganhou. Basta pensar na Santa Igreja, nos sacramentos, no Novo Testamento... São desdobramentos desse presente.
“Bem-aventurada aquela que acreditou.” Além das oito bem-aventuranças, temos mais esta, proclamado por Isabel. Que nós também tenhamos muita fé, para seremos bem-aventurados.
Maria foi a primeira pessoa a acreditar em Jesus, e também a sua primeira discípula e primeira missionária. A visita a Isabel foi a primeira procissão de Corpus Christi.
A Palavra de Deus é como a semente. Ela é fecunda, até em quem é estéril, como Isabel. Se deixamos a chuva da graça molhar o nosso coração, ela cresce e produz frutos.
“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” Na Ave Maria, nós continuamos repetindo essa exaltação de Isabel.
Antífona do Ó: “Ó Sol nascente justiceiro, resplendor da Luz eterna: Oh, vinde e iluminar os que jazem entre as trevas, e na sombra do pecado e da morte estão sentados”.
Existe um casal que não tiveram filhos, então adotaram duas crianças, um menino e uma menina. O menino é deficiente mental.
Uma vizinha ia à casa deles e dizia que Nossa Senhora é uma mulher qualquer, e que imagem é coisa errada. A mãe começou a ser envolvida. Ficou triste, tirou as imagens e crucifixo de sua casa e parou de rezar o terço.
Num domingo, eles estavam no banco da igreja, esperando o início da Missa. Estava o casal e as duas crianças. De repente, o menino se levanta, vai lá na frente, abraça a imagem de Nossa Senhora, dá um beijo nela, e volta para o seu lugar.
A mãe sentiu um grande medo e ficou maravilhada, pois recebeu o gesto do filho como um sinal de Deus. Voltando para casa, imediatamente ela recolocou o crucifixo e as imagens nos seus lugares, voltou a rezar o terço, e nunca mais duvidou de sua fé católica. Ela ficou com medo porque o recado de Nossa Senhora foi direto, e vindo através de uma criança deficiente mental.
Vamos pedir a Maria Santíssima e a Santa Isabel que nos ajudem a seguir o seu exemplo na abertura à visita de Deus. Assim o nosso Natal será uma festa como o aniversariante quer.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA É ANUNCIADO PELO ANJO GABRIEL.
Lc 1,5-25
Este Evangelho narra o anúncio do nascimento de João Batista, feito pelo Anjo Gabriel a seu pai Zacarias.
Na Bíblia, Deus costuma dar preferência aos pobres e excluídos, a fim de tê-los como seus instrumentos. Foi o que ele fez com este casal, Zacarias e Isabel, idosos e ela estéril. É principalmente na debilidade humana que Deus mostra a sua força e a gratuidade do seu amor a nós. Ele que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45).
“Deus ouviu tua súplica”, disse o anjo a Zacarias. Ele pedira tanto para Deus a graça de ser pai de um filho, que havia desanimado. E justamente agora, que vem a resposta, ele duvida. Quanta gente reza, durante anos e anos, pedindo uma graça, e depois desanima!
Não podemos duvidar de Deus, mesmo que, como Zacarias e Isabel, tenhamos de esperar toda uma vida para ver seus sinais. O amor de Deus por nós nunca falha.
“Zacarias perguntou ao anjo: Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada”. Ele se esqueceu de que para Deus nada é impossível. Por não ter acreditado, ficou mudo até o nascimento do filho.
A missão de João Batista é parecida com a missão da Igreja, com a nossa missão: sermos precursores de Cristo e preparadores dos corações para recebê-lo. Com o testemunho da fé ligada à vida, mostramos para as pessoas o verdadeiro caminho que conduz à felicidade e à vida. Assim, não se repetirá hoje o que João disse a respeito dos judeus: “No meio de vós está um a quem vós não conheceis”.
A atitude de Zacarias contrasta com a fé e absoluta confiança e disponibilidade de Maria Santíssima, numa situação semelhante. Quando, na cena da anunciação, o mesmo anjo Gabriel lhe comunica o plano de Deus, Maria responde com um “sim” incondicional: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).
Ter fé é acreditar, mesmo sem compreender, e acreditar de corpo e alma. Quem crê, confia em Deus e se joga no cumprimento da sua vontade, com amor e generosidade.
O Natal está chegando. Deus vem nos visitar e espera abertura da nossa parte. Será um novo nascimento de Jesus para a humanidade, e Deus quer que sejamos estrelas que o anunciem e indiquem onde ele está.
Antífona do Ó de hoje: “Ó Raiz de Jessé, ó estandarte, levantado em sinal para as nações! Ante vós se calarão os reis da terra, e as nações implorarão misericórdia: Vinde salvar-nos! Libertai-nos sem demora!”
Certa vez, no dia do Natal, uma catequista foi à igreja rezar um pouco no presépio, e lá não estava o Menino Jesus. Ele ficou encabulada. Saindo fora da igreja, viu um menino puxando um caminhãozinho, no qual estava o Menino Jesus. Ela disfarçou a surpresa, aproximou-se do garotinho, pôs a mão no seu ombro e disse: “Você está brincando um pouquinho, não é?” O menino respondeu: “Sim. É porque eu prometi ao Menino Jesus que, se eu ganhasse um caminhãozinho, ia dar uma voltinha com ele. Mas eu já dei a voltinha e estou voltando para colocá-lo de novo no presépio”.
Aí está uma boa dica para nós nos prepararmos para o Natal: carregar o Menino Jesus, não só uma voltinha, mas o tempo todo. E se alguém nos perguntar, vamos dizer claramente: é porque eu prometi a ele no meu santo batismo. Prometi e fiel serei por toda a vida. Vou levar o Menino Jesus a toda parte por onde eu andar.
Que Maria Santíssima, e os três santos do Evangelho de hoje – Zacarias, Isabel e João Batista – nos ajudem a transformar a nossa fé em vida e a nossa vida em fé, preparando-nos assim para o Natal.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado
Este Evangelho narra o anúncio do nascimento de João Batista, feito pelo Anjo Gabriel a seu pai Zacarias.
Na Bíblia, Deus costuma dar preferência aos pobres e excluídos, a fim de tê-los como seus instrumentos. Foi o que ele fez com este casal, Zacarias e Isabel, idosos e ela estéril. É principalmente na debilidade humana que Deus mostra a sua força e a gratuidade do seu amor a nós. Ele que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45).
“Deus ouviu tua súplica”, disse o anjo a Zacarias. Ele pedira tanto para Deus a graça de ser pai de um filho, que havia desanimado. E justamente agora, que vem a resposta, ele duvida. Quanta gente reza, durante anos e anos, pedindo uma graça, e depois desanima!
Não podemos duvidar de Deus, mesmo que, como Zacarias e Isabel, tenhamos de esperar toda uma vida para ver seus sinais. O amor de Deus por nós nunca falha.
“Zacarias perguntou ao anjo: Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada”. Ele se esqueceu de que para Deus nada é impossível. Por não ter acreditado, ficou mudo até o nascimento do filho.
A missão de João Batista é parecida com a missão da Igreja, com a nossa missão: sermos precursores de Cristo e preparadores dos corações para recebê-lo. Com o testemunho da fé ligada à vida, mostramos para as pessoas o verdadeiro caminho que conduz à felicidade e à vida. Assim, não se repetirá hoje o que João disse a respeito dos judeus: “No meio de vós está um a quem vós não conheceis”.
A atitude de Zacarias contrasta com a fé e absoluta confiança e disponibilidade de Maria Santíssima, numa situação semelhante. Quando, na cena da anunciação, o mesmo anjo Gabriel lhe comunica o plano de Deus, Maria responde com um “sim” incondicional: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).
Ter fé é acreditar, mesmo sem compreender, e acreditar de corpo e alma. Quem crê, confia em Deus e se joga no cumprimento da sua vontade, com amor e generosidade.
O Natal está chegando. Deus vem nos visitar e espera abertura da nossa parte. Será um novo nascimento de Jesus para a humanidade, e Deus quer que sejamos estrelas que o anunciem e indiquem onde ele está.
Antífona do Ó de hoje: “Ó Raiz de Jessé, ó estandarte, levantado em sinal para as nações! Ante vós se calarão os reis da terra, e as nações implorarão misericórdia: Vinde salvar-nos! Libertai-nos sem demora!”
Certa vez, no dia do Natal, uma catequista foi à igreja rezar um pouco no presépio, e lá não estava o Menino Jesus. Ele ficou encabulada. Saindo fora da igreja, viu um menino puxando um caminhãozinho, no qual estava o Menino Jesus. Ela disfarçou a surpresa, aproximou-se do garotinho, pôs a mão no seu ombro e disse: “Você está brincando um pouquinho, não é?” O menino respondeu: “Sim. É porque eu prometi ao Menino Jesus que, se eu ganhasse um caminhãozinho, ia dar uma voltinha com ele. Mas eu já dei a voltinha e estou voltando para colocá-lo de novo no presépio”.
Aí está uma boa dica para nós nos prepararmos para o Natal: carregar o Menino Jesus, não só uma voltinha, mas o tempo todo. E se alguém nos perguntar, vamos dizer claramente: é porque eu prometi a ele no meu santo batismo. Prometi e fiel serei por toda a vida. Vou levar o Menino Jesus a toda parte por onde eu andar.
Que Maria Santíssima, e os três santos do Evangelho de hoje – Zacarias, Isabel e João Batista – nos ajudem a transformar a nossa fé em vida e a nossa vida em fé, preparando-nos assim para o Natal.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado
domingo, 18 de dezembro de 2011
A FÉ É ACOLHIMENTO AO PROJETO DIVINO
Luc 1, 26-38
1 – Depois da alegria, a féNessa semana, até o dia 24 de dezembro, concluímos o tempo de Advento. Nossas reflexões dominicais, nesse ano de 2011, foram marcadas por dois pensamentos e, nesse Domingo concluímos nossa reflexão com o terceiro pensamento, iluminando-nos na fé de Davi, de Paulo e, principalmente, de Maria, a Mãe de Jesus. Os dois primeiros pensamentos versaram sobre a dedicação de aplainar os caminhos do Senhor e, no Domingo passado, refletimos sobre a alegria divina na nossa vida humana. Aplainar os caminhos de nossas vidas é criar condições para que o encontro com Deus e com seu projeto existencial aconteça. Viver na alegria divina é manifestação de liberdade, de gente realizada, de quem está em paz e na serenidade. Celebrar o Natal é criar condições existenciais para encontrar-se com Deus e, celebrar o Natal é acolher a alegria divina em nós, reconhecendo que o Senhor realiza maravilhas em nossas vidas. 2 – A fé é acolhimentoA Palavra que nos foi proclamada como que conclui o que celebramos nos Domingos anteriores do Advento propondo a necessidade da fé para celebrar o Natal de Jesus Cristo. A fé, nas leituras que ouvimos, não se reduz a uma crença: crer que Jesus nasceu da Virgem Maria, por exemplo. Embora isso seja dogma de fé, a Palavra nos ensina que fé é atitude, é decisão, é acolhimento do projeto divino. Davi tinha um projeto pessoal de colocar Deus num templo, relatava a 1ª leitura. Deus lhe faz saber que é ele, Deus, quem construirá um templo. A fé é acolhimento do projeto divino; não sou eu que faço projetos para Deus, mas na fé acolho o projeto divino. Maria, a Mãe grávida de Jesus, também tinha seu projeto de casar com José, com sabemos do Evangelho. Mas, Deus lhe propõe outro projeto, de ser a Mãe de seu Filho e ela, pela fé, acolhe o projeto divino, fazendo-se serva, servidora de Deus, como ouvimos no final do Evangelho. A fé em nossa vida é condição para acolher o projeto divino em nós, em nossas famílias, em nossa comunidade e em toda a sociedade. 3 – A fé dá sentido ao Natal de JesusSe o acolhimento do projeto divino faz parte e manifesta a fé, o Natal se apresenta como momento existencial para refletirmos nossa compreensão da fé. Hoje, o acolhimento do projeto divino na vida de Maria é cantado poeticamente, atenuando a dimensão da dúvida, do questionamento de Maria. A poesia do diálogo entre Maria e o anjo como que esconde a necessidade de uma decisão entre seu projeto pessoal e o projeto divino. O Evangelho diz que Maria era noiva de José e, para a cultura da época, isso significava que Maria tinha um projeto de vida pessoal. No momento da Anunciação, como acabamos de ouvir, Deus não pede que ela renuncie ao seu projeto pessoal, que abandone José, que deixe de constituir família com José... nada disso. Pede sim, que sua vida de esposa, de mãe, de dona de casa seja colocada a serviço do projeto divino. No momento que Maria acredita que é chamada a colaborar com Deus no projeto da Salvação, ela se torna serva, servidora de Deus. Todos passamos pela mesma experiência de Maria. Cada um de nós também foi e é visitado por mensageiros divinos convidando a acolher o projeto divino em suas vidas. Viver o Natal é prestar atenção aos anjos que nos convidam a acolher o projeto divino, na fé. 4 – Nossos anjos são diferentesOs anjos que aparecem para nós não têm asas e nem rosto brilhante, como vemos nas imagens e santinhos da Anunciação. Alguns dos anjos que nos aparecem, inclusive, se apresentam com feições pouco serenas, outros com traços de sofrimento. Não que Deus envie o sofrimento ou a tribulação, mas nos acontecimentos da vida, no silêncio de nossas meditações sobre fatos e acontecimentos nada agradáveis para nós, percebemos um convite para acolhermos o projeto divino em nossas vidas. Maria também passou por isso, quando chegou em Belém, quando deu à luz a Jesus numa estrebaria, quando precisou fugir para o Egito... Mas, existem anjos de luz, de alegria que nos propõem o acolhimento do projeto divino para nossas vidas. É uma gravidez, um nascimento na família, um aniversário de quem se dedica ao bem de todos, é a alegria de viver... anjos, mensageiros que convidam a acolher na fé o projeto de Deus. Convite, a exemplo de Maria, para nos tornar servidores da vida, colaboradores de Deus, para que a vida seja mais feliz, mais bela, tão alegre quanto celebrar o Natal com Cristo. Amém!
1 – Depois da alegria, a féNessa semana, até o dia 24 de dezembro, concluímos o tempo de Advento. Nossas reflexões dominicais, nesse ano de 2011, foram marcadas por dois pensamentos e, nesse Domingo concluímos nossa reflexão com o terceiro pensamento, iluminando-nos na fé de Davi, de Paulo e, principalmente, de Maria, a Mãe de Jesus. Os dois primeiros pensamentos versaram sobre a dedicação de aplainar os caminhos do Senhor e, no Domingo passado, refletimos sobre a alegria divina na nossa vida humana. Aplainar os caminhos de nossas vidas é criar condições para que o encontro com Deus e com seu projeto existencial aconteça. Viver na alegria divina é manifestação de liberdade, de gente realizada, de quem está em paz e na serenidade. Celebrar o Natal é criar condições existenciais para encontrar-se com Deus e, celebrar o Natal é acolher a alegria divina em nós, reconhecendo que o Senhor realiza maravilhas em nossas vidas. 2 – A fé é acolhimentoA Palavra que nos foi proclamada como que conclui o que celebramos nos Domingos anteriores do Advento propondo a necessidade da fé para celebrar o Natal de Jesus Cristo. A fé, nas leituras que ouvimos, não se reduz a uma crença: crer que Jesus nasceu da Virgem Maria, por exemplo. Embora isso seja dogma de fé, a Palavra nos ensina que fé é atitude, é decisão, é acolhimento do projeto divino. Davi tinha um projeto pessoal de colocar Deus num templo, relatava a 1ª leitura. Deus lhe faz saber que é ele, Deus, quem construirá um templo. A fé é acolhimento do projeto divino; não sou eu que faço projetos para Deus, mas na fé acolho o projeto divino. Maria, a Mãe grávida de Jesus, também tinha seu projeto de casar com José, com sabemos do Evangelho. Mas, Deus lhe propõe outro projeto, de ser a Mãe de seu Filho e ela, pela fé, acolhe o projeto divino, fazendo-se serva, servidora de Deus, como ouvimos no final do Evangelho. A fé em nossa vida é condição para acolher o projeto divino em nós, em nossas famílias, em nossa comunidade e em toda a sociedade. 3 – A fé dá sentido ao Natal de JesusSe o acolhimento do projeto divino faz parte e manifesta a fé, o Natal se apresenta como momento existencial para refletirmos nossa compreensão da fé. Hoje, o acolhimento do projeto divino na vida de Maria é cantado poeticamente, atenuando a dimensão da dúvida, do questionamento de Maria. A poesia do diálogo entre Maria e o anjo como que esconde a necessidade de uma decisão entre seu projeto pessoal e o projeto divino. O Evangelho diz que Maria era noiva de José e, para a cultura da época, isso significava que Maria tinha um projeto de vida pessoal. No momento da Anunciação, como acabamos de ouvir, Deus não pede que ela renuncie ao seu projeto pessoal, que abandone José, que deixe de constituir família com José... nada disso. Pede sim, que sua vida de esposa, de mãe, de dona de casa seja colocada a serviço do projeto divino. No momento que Maria acredita que é chamada a colaborar com Deus no projeto da Salvação, ela se torna serva, servidora de Deus. Todos passamos pela mesma experiência de Maria. Cada um de nós também foi e é visitado por mensageiros divinos convidando a acolher o projeto divino em suas vidas. Viver o Natal é prestar atenção aos anjos que nos convidam a acolher o projeto divino, na fé. 4 – Nossos anjos são diferentesOs anjos que aparecem para nós não têm asas e nem rosto brilhante, como vemos nas imagens e santinhos da Anunciação. Alguns dos anjos que nos aparecem, inclusive, se apresentam com feições pouco serenas, outros com traços de sofrimento. Não que Deus envie o sofrimento ou a tribulação, mas nos acontecimentos da vida, no silêncio de nossas meditações sobre fatos e acontecimentos nada agradáveis para nós, percebemos um convite para acolhermos o projeto divino em nossas vidas. Maria também passou por isso, quando chegou em Belém, quando deu à luz a Jesus numa estrebaria, quando precisou fugir para o Egito... Mas, existem anjos de luz, de alegria que nos propõem o acolhimento do projeto divino para nossas vidas. É uma gravidez, um nascimento na família, um aniversário de quem se dedica ao bem de todos, é a alegria de viver... anjos, mensageiros que convidam a acolher na fé o projeto de Deus. Convite, a exemplo de Maria, para nos tornar servidores da vida, colaboradores de Deus, para que a vida seja mais feliz, mais bela, tão alegre quanto celebrar o Natal com Cristo. Amém!
sábado, 17 de dezembro de 2011
GENEALOGIA DE JESUS CRISTO, FILHO DE DAVI.
Mt 1,1-11
Hoje iniciamos a preparação próxima para o Natal, e a liturgia se volta para o protagonista principal da festa: Jesus Cristo. O Evangelho nos apresenta a árvore genealógica de Jesus, como descendente de Davi.
Nós ficamos edificados com a misericórdia de Deus, ao vermos que faz parte dessa genealogia quatro mulheres que antes levavam uma vida de pecado:
- Tamar que, através de trapaças, teve um filho do seu próprio sogro Judá (Gn 38).
- Raab, de Jericó, era prostituta (Js 2).
- Rute não era judia, mas moabita (Rt 4).
- Betsabéia adulterou-se com Davi (2Sm 11).
Como Deus é misericordioso conosco! E como ele é aberto a todos e todas que têm bom coração!
Jesus, Deus encarnado, foi assim em toda a sua vida. Ele amar os pecadores e tirá-los lama.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, converte-se no novo molde do ser humano, já que o homem quebrou seu molde original, dado pelo criador.
Vemos claramente que o mistério do homem só se esclarece no mistério do Novo Homem, enviado pelo Pai, Jesus Cristo. “Cristo veio revelar ao homem o mistério do próprio homem” (GS 22).
Ao nos prepararmos para celebrar a Encarnação de Cristo, nós nos alegramos, pois Deus se tornou homem para que o homem fosse elevado à filiação divina.
Esse duplo movimento, para baixo e para cima, é a base do nosso trabalho pastoral e missionário. Queremos descer ao homem pecador, nós que também o somos, para juntos subirmos ao Céu. Lá, queremos dar um abraço em Deus: Pai, Filho e Espírito Santo.
E esse duplo movimento teve seu ponto de apoio na maternidade divina de Maria. Ela é a ponte que une o Céu e a terra. No seio de Maria operou-se o ato mais surpreendente da história: o encontro pessoal de Deus com o homem.
Faltam apenas sete dias para o Natal. Por isso, a Igreja começa hoje uma preparação mais intensa, centralizada na pessoa de Jesus. Nós temos para cada um desses sete dias uma antífona especial, chamadas de “Antífonas do Ó”, que deram origem ao nome do bairro Freguesia do Ó, em S. Paulo. Elas estão na Liturgia das Horas, no Magnificat. Foram compostas no séc. VII. Destacam as várias qualidade de Jesus, Deus encarnado, e expressam o desejo de salvação de toda a humanidade. São orações curtas, dirigidas a Cristo, que resumem o espírito do advento e do Natal. Elas expressam a admiração da Igreja diante do mistério de Deus feito Homem, através da interjeição “Ó”. Nelas estão as três dimensões da festa do Natal: 1) A celebração do nascimento de Jesus em Belém. 2) O esforço para que este seu nascimento se atualize hoje. 3) A segunda vinda de Cristo. Todas as antífonas são súplicas a Cristo, a cada dia invocado com um título diferente, um título messiânico tomado do Antigo Testamento, mas entendido à luz do Novo.
A antífona de hoje é: Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo, e atingis até os confins de todo o universo e com força e suavidade governais o mundo inteiro: oh vinde ensinar-nos o caminho da prudência!
Nós temos também um canto muito antigo do advento, que resume a genealogia de Jesus de forma bonita e criativa: “De Jessé nasceu a vara, da vara nasceu a flor; e da flor nasceu Maria, de Maria o Salvador.”
Havia, certa vez, um cavalo que passava o dia andando em círculos, girando uma roda d’água. Ele olhava para os outros cavalos do sítio e pensava: “Quem me dera mudar de serviço e ser como aquele colega que leva meu patrão para lá e para cá, fazendo passeios! Ou então se eu pudesse ser como aquele outro que fica andando no meio das lavouras puxando o arado. Que vida sem sentido é esta minha! Ficar aqui o dia inteiro andando em círculos sem sair do lugar!”
O patrão percebeu e lhe disse: “Meu querido cavalo, o seu trabalho é muito importante aqui no sítio. Veja a horta, o jardim, as crianças sorrindo... Tudo isso é porque você nos fornece a água! Veja também todos os outros animais do sítio... A nossa vida depende de você”.
O cristão verdadeiro se mostra na fidelidade do dia a dia, fidelidade nas coisas pequenas, ou ações simples, mesmo que repetidas durante toda a vida.
Hoje iniciamos a preparação próxima para o Natal, e a liturgia se volta para o protagonista principal da festa: Jesus Cristo. O Evangelho nos apresenta a árvore genealógica de Jesus, como descendente de Davi.
Nós ficamos edificados com a misericórdia de Deus, ao vermos que faz parte dessa genealogia quatro mulheres que antes levavam uma vida de pecado:
- Tamar que, através de trapaças, teve um filho do seu próprio sogro Judá (Gn 38).
- Raab, de Jericó, era prostituta (Js 2).
- Rute não era judia, mas moabita (Rt 4).
- Betsabéia adulterou-se com Davi (2Sm 11).
Como Deus é misericordioso conosco! E como ele é aberto a todos e todas que têm bom coração!
Jesus, Deus encarnado, foi assim em toda a sua vida. Ele amar os pecadores e tirá-los lama.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, converte-se no novo molde do ser humano, já que o homem quebrou seu molde original, dado pelo criador.
Vemos claramente que o mistério do homem só se esclarece no mistério do Novo Homem, enviado pelo Pai, Jesus Cristo. “Cristo veio revelar ao homem o mistério do próprio homem” (GS 22).
Ao nos prepararmos para celebrar a Encarnação de Cristo, nós nos alegramos, pois Deus se tornou homem para que o homem fosse elevado à filiação divina.
Esse duplo movimento, para baixo e para cima, é a base do nosso trabalho pastoral e missionário. Queremos descer ao homem pecador, nós que também o somos, para juntos subirmos ao Céu. Lá, queremos dar um abraço em Deus: Pai, Filho e Espírito Santo.
E esse duplo movimento teve seu ponto de apoio na maternidade divina de Maria. Ela é a ponte que une o Céu e a terra. No seio de Maria operou-se o ato mais surpreendente da história: o encontro pessoal de Deus com o homem.
Faltam apenas sete dias para o Natal. Por isso, a Igreja começa hoje uma preparação mais intensa, centralizada na pessoa de Jesus. Nós temos para cada um desses sete dias uma antífona especial, chamadas de “Antífonas do Ó”, que deram origem ao nome do bairro Freguesia do Ó, em S. Paulo. Elas estão na Liturgia das Horas, no Magnificat. Foram compostas no séc. VII. Destacam as várias qualidade de Jesus, Deus encarnado, e expressam o desejo de salvação de toda a humanidade. São orações curtas, dirigidas a Cristo, que resumem o espírito do advento e do Natal. Elas expressam a admiração da Igreja diante do mistério de Deus feito Homem, através da interjeição “Ó”. Nelas estão as três dimensões da festa do Natal: 1) A celebração do nascimento de Jesus em Belém. 2) O esforço para que este seu nascimento se atualize hoje. 3) A segunda vinda de Cristo. Todas as antífonas são súplicas a Cristo, a cada dia invocado com um título diferente, um título messiânico tomado do Antigo Testamento, mas entendido à luz do Novo.
A antífona de hoje é: Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo, e atingis até os confins de todo o universo e com força e suavidade governais o mundo inteiro: oh vinde ensinar-nos o caminho da prudência!
Nós temos também um canto muito antigo do advento, que resume a genealogia de Jesus de forma bonita e criativa: “De Jessé nasceu a vara, da vara nasceu a flor; e da flor nasceu Maria, de Maria o Salvador.”
Havia, certa vez, um cavalo que passava o dia andando em círculos, girando uma roda d’água. Ele olhava para os outros cavalos do sítio e pensava: “Quem me dera mudar de serviço e ser como aquele colega que leva meu patrão para lá e para cá, fazendo passeios! Ou então se eu pudesse ser como aquele outro que fica andando no meio das lavouras puxando o arado. Que vida sem sentido é esta minha! Ficar aqui o dia inteiro andando em círculos sem sair do lugar!”
O patrão percebeu e lhe disse: “Meu querido cavalo, o seu trabalho é muito importante aqui no sítio. Veja a horta, o jardim, as crianças sorrindo... Tudo isso é porque você nos fornece a água! Veja também todos os outros animais do sítio... A nossa vida depende de você”.
O cristão verdadeiro se mostra na fidelidade do dia a dia, fidelidade nas coisas pequenas, ou ações simples, mesmo que repetidas durante toda a vida.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
JOÃO, A LÂMPADA QUE BRILHA
Jo 5, 33-36
A figura de João Batista chamou a atenção de multidões, sobretudo porque o povo sentiu o vazio de um culto sem expressão, de um jogo de palavras, de uma politicagem interesseira entre os que deviam ser seus líderes religiosos numa situação difícil, de opressão.
João Batista entusiasmou os homens por sua autenticidade, por sua coragem de denunciar a falsidade das autoridades. Não chamou a atenção sobre si, mas sobre alguém que ele anunciava: “Sou a voz que clama no deserto...” “No meio de vós está quem vós não conheceis!” “Não sou eu o Messias!” “Não sou digno de desatar as correias de suas sandálias...”
Eles deveriam ter atendido, aos seus apelos e iniciado uma vida nova, mas não o aceitaram.
Ainda hoje, os apelos de João têm sua atualidade. Ainda indicam o caminho que nos conduzirá a Jesus neste tempo de Advento.
João, o evangelista, logo no início do seu evangelho afirma: “Veio um homem,, enviado por Deus, cujo nome era João... ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da luz... Ele veio ao mundo, mas o mundo não o reconheceu...”
Cristo diz que, além do testemunho de João, há o testemunho do Pai para provar sua missão divina.
Por que então, depois de séculos, o testemunho de João ainda não é aceito? Não sei, mas creio que é porque nós, cristãos, não somos luz do mundo para anunciar a presença de Cristo entre nós. O Natal deveria marcar duas coisas em nossa vida: deveríamos nos sentir totalmente atraídos, diria, “embriagados” pela luz de Cristo, e também testemunhar essa luz ao mundo. Ser vitrais por onde passa essa claridade. Ser transparentes como cristais para que o mundo se entusiasme pela luz do Senhor. Assim como a estrela dos magos ou a luz que encantou os pastores...
Na época de Natal, há tanta iluminação nas praças, nas ruas, e tão pouca claridade nas pessoas, atraídas pelas coisas, vazias de Deus.
A figura de João Batista chamou a atenção de multidões, sobretudo porque o povo sentiu o vazio de um culto sem expressão, de um jogo de palavras, de uma politicagem interesseira entre os que deviam ser seus líderes religiosos numa situação difícil, de opressão.
João Batista entusiasmou os homens por sua autenticidade, por sua coragem de denunciar a falsidade das autoridades. Não chamou a atenção sobre si, mas sobre alguém que ele anunciava: “Sou a voz que clama no deserto...” “No meio de vós está quem vós não conheceis!” “Não sou eu o Messias!” “Não sou digno de desatar as correias de suas sandálias...”
Eles deveriam ter atendido, aos seus apelos e iniciado uma vida nova, mas não o aceitaram.
Ainda hoje, os apelos de João têm sua atualidade. Ainda indicam o caminho que nos conduzirá a Jesus neste tempo de Advento.
João, o evangelista, logo no início do seu evangelho afirma: “Veio um homem,, enviado por Deus, cujo nome era João... ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da luz... Ele veio ao mundo, mas o mundo não o reconheceu...”
Cristo diz que, além do testemunho de João, há o testemunho do Pai para provar sua missão divina.
Por que então, depois de séculos, o testemunho de João ainda não é aceito? Não sei, mas creio que é porque nós, cristãos, não somos luz do mundo para anunciar a presença de Cristo entre nós. O Natal deveria marcar duas coisas em nossa vida: deveríamos nos sentir totalmente atraídos, diria, “embriagados” pela luz de Cristo, e também testemunhar essa luz ao mundo. Ser vitrais por onde passa essa claridade. Ser transparentes como cristais para que o mundo se entusiasme pela luz do Senhor. Assim como a estrela dos magos ou a luz que encantou os pastores...
Na época de Natal, há tanta iluminação nas praças, nas ruas, e tão pouca claridade nas pessoas, atraídas pelas coisas, vazias de Deus.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
O QUE FOSTES VER?
Lc 7,24-30
A aparição de João Batista teve, em sua época, uma enorme repercussão, de tal forma que, anos depois, ainda se falava dele e encontravam-se pessoas que foram batizadas no Jordão.
As primeiras comunidades cristãs tinham uma veneração especial por ele, e os evangelistas até falam mais de João do que da própria Nossa Senhora. Os primeiros templos lhes foram dedicados. Por que? Porque o povo tem um sexto sentido para descobrir a veracidade da pessoa. Quem não se lembra das aglomeracões em torno do Santo Padre? O povo está mais do que farto de mistificação enganosa, de palavras vazias, de promessas que jamais se cumprem, de discursos elogiosos, sem autenticidade.
João Batista nada tinha de atrativo; nem sua figura austera, esquelética, nem seu vestuário, nem fluência retórica, nem as maneiras corteses de proceder. Como último dos profetas do Antigo Testamento, concentrou em si toda a veemência dos antecessores.
As autoridades tremem sob a sua palavra. Ele não hesita em recusar s “grandalhões” em seu auditório. Esta audácia, porém, custou-lhe a prisão e, por fim, a morte.
Qual a atração de João Batista? Comparem sua pessoa com as dos ídolos modernos: cantores e cantoras, estrelas que sobem e descem à média que têm uma aparência mais ou menos atraente. O que se vê? Gritaria histérica, desmaios etc. Então eu pergunto outra vez: qual o atrativo de João Batista?
Os ídolos de hoje apontam-nos um caminho para o nosso futuro?
Mas, de João, Deus diz: “Eis que eu mando à tua frente para preparar o teu caminho...”
Por que tanta gente deixa-se iludir por falos ídolos?
Até Jesus Cristo afirmou a respeito de João: “Não há nenhum maior do que João”.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
IDE CONTAR A JOÃO O QUE VISTES E OUVISTES
Lc 7,19-23
O Evangelho de hoje tem duas partes. Na primeira, João Batista manda dois de seus discípulos perguntar a Jesus se é ele o Messias. E na segunda, Jesus responde de maneira prática, fazendo as ações que, segundo o profeta Isaías, eram próprias do Messias.
João mandou perguntar, não porque ele estivesse em dúvida, e sim para confirmar a fé dos seus discípulos, já que em breve ele iria morrer.
Antes de responder, e na presença dos emissários de João, Jesus curou muitos enfermos e deu vista a muitos cegos. Depois disse aos emissários: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes”.
Jesus tomou essa atitude porque sabia que João Batista conhecia o livro do profeta Isaías, e lá (Is 35,5-6; Is 61,1-2) está escrito que estas ações que Jesus fez são identificadoras do Messias. Foi uma resposta do jeito que Jesus gosta: mostrou com obras e não apenas com palavras.
Seria como hoje um grupinho de pessoas chegar a nossa casa e disser: “O nosso chefe nos mandou perguntar qual é a religião de vocês”. E nós, em vez de responder, pedirmos a eles que fiquem na nossa casa durante aquele dia. Verão que a família é unida; que existe espírito de oração e rezam o terço; que são preocupados com os necessitados; que existem nas paredes da casa o crucifixo, quadros e imagens de Jesus, de Nossa Senhora e dos santos... No fim, nós diríamos a eles: “Podem ir e contar ao seu chefe o que vocês viram e ouviram”. Diante disso, não há dúvida que a família é católica.
Jesus gosta desse jeito de mostrarmos quem somos: pela nossa vida. Se fé fosse apenas saber e acreditar, o demônio seria campeão de fé, pois sabe tudo e acredita. A diferença é que ele não vive o que sabe.
No caso de Jesus, havia outra prova clara de sua messianidade: os seus milagres.
Com Jesus está inaugurado o Reino de Deus, onde os cegos recuperam a vista, os aleijados andam, os famintos são bem alimentados, os pobres são amados e a Boa Nova é anunciada aos pobres. Quer dizer, ninguém fica marginalizado, inclusive do ponto de vista religioso do ponto de vista religioso.
“E feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim.” Jesus está dizendo que é feliz aquele que acredita que as características do Messias são estas que Jesus apresenta, e não aquelas que o povo judeu esperava: um rei triunfalista e cheio de poder temporal. Escandalizar é não acreditar e negar que Jesus é o Messias, pela fato de se apresentar como o “Servo sofredor”.
Na sinagoga de Nazaré (Lc 4,16ss), Jesus disse quase a mesma coisa. Nas duas cenas percebe-se que Jesus não se atém a atos estritamente religiosos, como muitos querem ver a religião. Ele misturava o socorro humano e o divino, pois o homem é uma unidade: corpo e alma. Não separe o homem o que Deus uniu. Esse foi também o “escândalo” que Jesus deu. O “escândalo” de afirmar que Deus ama o homem todo e não apenas a alma.
Todos os cristãos que se preocupam com os marginalizados e fazem algo por eles, dão o autêntico testemunho de Jesus. Estes cristãos celebram verdadeiramente o advento.
Certa vez, dois irmãozinhos, um menino e uma menina, estavam conversando na varanda da casa. O pai, que fora tirar uma soneca depois do almoço, estava acordado, e ouvia a conversa.
A menina dizia: “Quando eu crescer, vou ser como a mamãe: serei leitora na hora da Missa”. O menino falou: “Eu não; quando ficar grande, vou ser como papai: nem à Missa eu irei mais”.
Depois de ouvir a conversa, o pai não conseguia mais dormir. Virava para cá, virava para lá, nada. Daí para frente, ele mudou de vida e se tornou um católico praticante.
Que bom se neste advento os pais refletissem sobre o tipo de exemplo que dão aos filhos! E também os filhos refletissem que tipo de exemplo estão dando na família, na escola etc.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
JOÃO VEIO, E OS PECADORES CRERAM NELE
Mt 21,28-32
Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola dos dois filhos. O pai pede ao primeiro para ir trabalhar na vinha, ele fala que não quer, mas depois muda de opinião e vai. O pai faz o mesmo pedido ao segundo, este fala que vai, mas não vai.
Jesus explica a comparação: os publicanos e as prostitutas eram pessoas que levavam vida errada, isto é, inicialmente disseram “não” ao Pai que é Deus. Mas depois se arrependeram e acreditaram na pregação de João Batista e de Jesus.
Já os sumos sacerdotes e os anciãos, que respondiam “sim” a Deus no Antigo Testamento, agora respondem “não” ao mesmo Deus, no Novo Testamento. Portanto, eles agem como o segundo filho da parábola, que disse que ia trabalhar na vinha, mas não foi.
Os próprio sumos sacerdotes e anciãos se condenaram, dizendo que quem fez a vontade do pai foi o primeiro filho, que representa os publicanos e as prostitutas. Jesus conclui dizendo que os publicanos e as prostitutas os precederão no Reino de Deus.
Trazendo para nós hoje, há pessoas que no passado diziam “sim” a Deus com generosidade, e hoje são medíocres. E existem também exemplos contrários, de pessoas antes afastadas e hoje engajadas e generosas para Deus e a Comunidade. O que vale é o que a pessoa é hoje, não o que foi no passado. Os pecados do passado, Deus está pronto a nos perdoar, se depois mudamos de idéia e nos convertemos. Outro sentido é que Deus gosta mais das pessoas que cumprem com fidelidade e perseverança a sua Lei, mesmo sem prometer nada, do que daquelas que prometem muito e fazem pouco.
Mais do que palavras bonitas, o que agrada a Deus são as ações corretas. Os fariseus gostavam de se apresentar como santos, isto é, diziam “sim” na aparência, mas “não” nas ações. Deus gosta de palavras bonitas, mas quando são acompanhadas de uma vida bonita.
Há pessoas que têm facilidade em prometer, mas depois se esquecem e não cumprem. Como aquele que disse: “Eu consigo parar de fumar; só este ano já parei três vezes!”
Existe até uma afirmação de que emprestar é sinônimo de dar, porque quem pede emprestado promete devolver mas não devolve. Deus não gosta desse tipo de gente. São atitudes indignas de cristão. Se as pessoas cumprissem o que prometem, não precisaríamos do SPC, CERASA etc.
No dia do nosso batismo, os nossos pais e padrinhos disseram “sim” a Deus em nosso lugar. E nós assumimos aqueles compromissos na primeira comunhão, e o renovamos na crisma, e todos os domingos na Missa, quando fazemos a profissão de fé. Como estamos hoje em relação aos nossos compromissos batismais?
S. Paulo disse “não” a Cristo, quando jovem. Mas depois disse “sim” e o manteve até a morte. Assemelhou-se, portanto, ao primeiro filho da parábola.
E ele compara a vida cristã com uma competição de corrida a pé. “Acaso não sabeis que todos correm, mas um só ganha o prêmio? Correi de tal maneira que conquisteis o prêmio. Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguir uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível” (1Cor 9,24-25).
Quando Deus Pai chamou seu Filho Jesus para a missão de redimir a humanidade, ele respondeu: “Eis me aqui, ó Pai, para fazer vossa vontade!” (Hb 10,7). E depois perseverou naquele “sim”.
“Cristo humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2,8). Jesus, portanto, não se assemelhou nem ao primeiro nem ao segundo filho, pois respondeu “sim” a Deus Pai, e cumpriu esse “sim” até o fim da vida terrena, e continua cumprindo hoje.
Cada dia que amanhece é um novo presente que Deus nos dá. Quando abrimos os olhos e vemos a luz de um novo dia, cabe a nós agradecer a Deus o dom da vida e vivê-la bem hoje, porque amanhã não sabemos se estaremos vivos.
Certa vez, um casal estava viajando numa cidade grande, em direção a um bairro desconhecido. Eles iam à casa de um amigo, que os convidara para jantar.
O marido ao volante e a esposa ao lado, indicando o caminho. Em determinado momento, ela disse: “Na primeira esquina vire à direita”. Ele teimou que era à esquerda. Os dois discutiram um pouco, mas por fim ela cedeu, a fim de que não chegassem à casa do amigo mal humorados.
Resultado: depois de muito andar, tiveram de voltar àquela esquina e entrar à direita. Assim, chegaram atrasados no jantar.
Na volta, conversando sobre o incidente, ela disse: “Se você tinha certeza de que eu estava errado, por que não insistiu um pouco mais? Ela respondeu: “Entre ter razão e ser feliz, eu preferi ser feliz. Estávamos à beira de uma briga. Se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite”
Dizer “sim” na hora do casamento é fácil. Mas o importante é mantê-lo até o fim da vida.
O Natal se aproxima. Não queremos celebrá-lo mal humorados ou carregando algum pecado. É para isso que existe o advento.
Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola dos dois filhos. O pai pede ao primeiro para ir trabalhar na vinha, ele fala que não quer, mas depois muda de opinião e vai. O pai faz o mesmo pedido ao segundo, este fala que vai, mas não vai.
Jesus explica a comparação: os publicanos e as prostitutas eram pessoas que levavam vida errada, isto é, inicialmente disseram “não” ao Pai que é Deus. Mas depois se arrependeram e acreditaram na pregação de João Batista e de Jesus.
Já os sumos sacerdotes e os anciãos, que respondiam “sim” a Deus no Antigo Testamento, agora respondem “não” ao mesmo Deus, no Novo Testamento. Portanto, eles agem como o segundo filho da parábola, que disse que ia trabalhar na vinha, mas não foi.
Os próprio sumos sacerdotes e anciãos se condenaram, dizendo que quem fez a vontade do pai foi o primeiro filho, que representa os publicanos e as prostitutas. Jesus conclui dizendo que os publicanos e as prostitutas os precederão no Reino de Deus.
Trazendo para nós hoje, há pessoas que no passado diziam “sim” a Deus com generosidade, e hoje são medíocres. E existem também exemplos contrários, de pessoas antes afastadas e hoje engajadas e generosas para Deus e a Comunidade. O que vale é o que a pessoa é hoje, não o que foi no passado. Os pecados do passado, Deus está pronto a nos perdoar, se depois mudamos de idéia e nos convertemos. Outro sentido é que Deus gosta mais das pessoas que cumprem com fidelidade e perseverança a sua Lei, mesmo sem prometer nada, do que daquelas que prometem muito e fazem pouco.
Mais do que palavras bonitas, o que agrada a Deus são as ações corretas. Os fariseus gostavam de se apresentar como santos, isto é, diziam “sim” na aparência, mas “não” nas ações. Deus gosta de palavras bonitas, mas quando são acompanhadas de uma vida bonita.
Há pessoas que têm facilidade em prometer, mas depois se esquecem e não cumprem. Como aquele que disse: “Eu consigo parar de fumar; só este ano já parei três vezes!”
Existe até uma afirmação de que emprestar é sinônimo de dar, porque quem pede emprestado promete devolver mas não devolve. Deus não gosta desse tipo de gente. São atitudes indignas de cristão. Se as pessoas cumprissem o que prometem, não precisaríamos do SPC, CERASA etc.
No dia do nosso batismo, os nossos pais e padrinhos disseram “sim” a Deus em nosso lugar. E nós assumimos aqueles compromissos na primeira comunhão, e o renovamos na crisma, e todos os domingos na Missa, quando fazemos a profissão de fé. Como estamos hoje em relação aos nossos compromissos batismais?
S. Paulo disse “não” a Cristo, quando jovem. Mas depois disse “sim” e o manteve até a morte. Assemelhou-se, portanto, ao primeiro filho da parábola.
E ele compara a vida cristã com uma competição de corrida a pé. “Acaso não sabeis que todos correm, mas um só ganha o prêmio? Correi de tal maneira que conquisteis o prêmio. Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguir uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível” (1Cor 9,24-25).
Quando Deus Pai chamou seu Filho Jesus para a missão de redimir a humanidade, ele respondeu: “Eis me aqui, ó Pai, para fazer vossa vontade!” (Hb 10,7). E depois perseverou naquele “sim”.
“Cristo humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2,8). Jesus, portanto, não se assemelhou nem ao primeiro nem ao segundo filho, pois respondeu “sim” a Deus Pai, e cumpriu esse “sim” até o fim da vida terrena, e continua cumprindo hoje.
Cada dia que amanhece é um novo presente que Deus nos dá. Quando abrimos os olhos e vemos a luz de um novo dia, cabe a nós agradecer a Deus o dom da vida e vivê-la bem hoje, porque amanhã não sabemos se estaremos vivos.
Certa vez, um casal estava viajando numa cidade grande, em direção a um bairro desconhecido. Eles iam à casa de um amigo, que os convidara para jantar.
O marido ao volante e a esposa ao lado, indicando o caminho. Em determinado momento, ela disse: “Na primeira esquina vire à direita”. Ele teimou que era à esquerda. Os dois discutiram um pouco, mas por fim ela cedeu, a fim de que não chegassem à casa do amigo mal humorados.
Resultado: depois de muito andar, tiveram de voltar àquela esquina e entrar à direita. Assim, chegaram atrasados no jantar.
Na volta, conversando sobre o incidente, ela disse: “Se você tinha certeza de que eu estava errado, por que não insistiu um pouco mais? Ela respondeu: “Entre ter razão e ser feliz, eu preferi ser feliz. Estávamos à beira de uma briga. Se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite”
Dizer “sim” na hora do casamento é fácil. Mas o importante é mantê-lo até o fim da vida.
O Natal se aproxima. Não queremos celebrá-lo mal humorados ou carregando algum pecado. É para isso que existe o advento.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
DONDE VINHA O BATISMO DE JOÃO?
Mt 21,23-27
Este Evangelho começa com uma pergunta dos dirigentes judeus a Jesus: “Com que autoridade fazes estas coisas?” Eles se referiam aos dois fatos narrados logo antes no Evangelho: a expulsão dos vendilhões do Templo e a entrada triunfal dele em Jerusalém. Referiam-se também ao fato de Jesus estar ensinando no Templo.
Jesus usou de uma astúcia, e respondeu: “Também eu vou fazer uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?” Eles ficaram em dificuldade, porque, se respondessem “Do céu”, Jesus podia colocá-los na parede, dizendo: “Por que então não acreditastes nele?” Se dissessem: “Dos homens”, tinham medo do povo, pois todos tinham João Batista na conta de profeta. Disseram então: “Não sabemos”. Em resposta, Jesus disse: “Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas”.
Jesus usou várias outras vezes de astúcias semelhantes. Por exemplo, quando um grupo formado por fariseus e saduceus quiseram colocar Jesus em dificuldade perguntando se era ou não lícito pagar o imposto a César. Como na moeda havia a imagem de César, Jesus respondeu: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,15-21). Na parábola do administrador infiel o administrador usa também de astúcia, para sobreviver (Lc 16,1-8).
Também S. Paulo fez algo semelhante em Jerusalém, para se livrar da prisão: “Sabendo que uma parte do tribunal era composta de saduceus e a outra, fariseus, Paulo exclamou bem alto: Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos. Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, a assembléia ficou dividiu...” (At 23,6-7) e por isso o processo de condenação de Paulo foi encerrado.
Nós precisamos usar de muita sagacidade para conseguir cumprir a nossa missão de cristãos e de construtores do Reino de Deus. Deus nos capacitou para isso, dando-nos muitos dons, talentos e carismas. E o próprio Espírito Santo, que é a inteligência em pessoa, está conosco para nos inspirar e ajudar. Temos, portanto, condições de sobra para dominar a terra, cumprindo a ordem de Deus nas primeiras páginas da Bíblia.
Aqueles sacerdotes e anciãos, que perguntaram a Jesus com que autoridade ele agia, eram encarregados de manter a fé autêntica. Mas na verdade não se preocupavam com a fé, e sim em defender seus interesses. Isso foi demonstrado pela atitude deles, provocada por Jesus. A armadilha que fizeram para Jesus virou-se contra eles.
As pregações de João Batista tinham sido o acontecimento religioso mais importante dos últimos anos. Naturalmente, os sacerdotes deviam pronunciar-se a respeito de João. Se não o faziam, tampouco tinham moral para exigir que Jesus explique com que autoridade agia.
Além do mais, João já havia testemunhado para eles a respeito de Jesus: “No meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias” (Jo 1,26-27).
O próprio Jesus foi batizado por João (Mt 3,13-17), referendando o batismo de conversão que João realizava.
Tanto João Batista como Jesus não eram “profetas de ocasião”, que falam aquilo que os grandes querem ouvir. Por isso foram recusados pelas elites.
Havia, certa vez, um jardineiro que trabalhava como diarista em várias residências de um bairro classe alta, cuidando dos jardins das residências.
Um dia, um especialista em marketing de uma grande empresa contratou esse jardineiro para cuidar do jardim de sua casa.
Quando o jardineiro terminou o serviço, pediu ao executivo a permissão para utilizar o telefone, o que foi prontamente permitido. Contudo, o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa. O rapaz havia ligado para uma senhora, com a qual teve o seguinte dialogo:
- A senhora está precisando de um jardineiro?
- Não. Eu já tenho um.
- Mas, além de aparar, eu também tiro o lixo.
- Isso o meu jardineiro também faz.
- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.
- Mas o meu jardineiro também o faz.
- Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
- Não, o meu jardineiro também me atende prontamente.
- O meu preço é um dos melhores.
- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
Assim que o moço desligou o telefone, o executivo lhe disse: “Meu rapaz, você perdeu um cliente”. Ele respondeu: “Não. Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava medindo o quanto ela estava satisfeita”.
No advento, nós celebramos a espera do nascimento de Jesus. É uma espera ativa, isto é, não o esperamos de braços cruzados. Quando vamos receber uma visita, costumamos preparar a nossa casa. Vamos aproveitar estes poucos dias que faltam para nos preparar, e nos preparar bem.
Este Evangelho começa com uma pergunta dos dirigentes judeus a Jesus: “Com que autoridade fazes estas coisas?” Eles se referiam aos dois fatos narrados logo antes no Evangelho: a expulsão dos vendilhões do Templo e a entrada triunfal dele em Jerusalém. Referiam-se também ao fato de Jesus estar ensinando no Templo.
Jesus usou de uma astúcia, e respondeu: “Também eu vou fazer uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?” Eles ficaram em dificuldade, porque, se respondessem “Do céu”, Jesus podia colocá-los na parede, dizendo: “Por que então não acreditastes nele?” Se dissessem: “Dos homens”, tinham medo do povo, pois todos tinham João Batista na conta de profeta. Disseram então: “Não sabemos”. Em resposta, Jesus disse: “Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas”.
Jesus usou várias outras vezes de astúcias semelhantes. Por exemplo, quando um grupo formado por fariseus e saduceus quiseram colocar Jesus em dificuldade perguntando se era ou não lícito pagar o imposto a César. Como na moeda havia a imagem de César, Jesus respondeu: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,15-21). Na parábola do administrador infiel o administrador usa também de astúcia, para sobreviver (Lc 16,1-8).
Também S. Paulo fez algo semelhante em Jerusalém, para se livrar da prisão: “Sabendo que uma parte do tribunal era composta de saduceus e a outra, fariseus, Paulo exclamou bem alto: Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos. Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, a assembléia ficou dividiu...” (At 23,6-7) e por isso o processo de condenação de Paulo foi encerrado.
Nós precisamos usar de muita sagacidade para conseguir cumprir a nossa missão de cristãos e de construtores do Reino de Deus. Deus nos capacitou para isso, dando-nos muitos dons, talentos e carismas. E o próprio Espírito Santo, que é a inteligência em pessoa, está conosco para nos inspirar e ajudar. Temos, portanto, condições de sobra para dominar a terra, cumprindo a ordem de Deus nas primeiras páginas da Bíblia.
Aqueles sacerdotes e anciãos, que perguntaram a Jesus com que autoridade ele agia, eram encarregados de manter a fé autêntica. Mas na verdade não se preocupavam com a fé, e sim em defender seus interesses. Isso foi demonstrado pela atitude deles, provocada por Jesus. A armadilha que fizeram para Jesus virou-se contra eles.
As pregações de João Batista tinham sido o acontecimento religioso mais importante dos últimos anos. Naturalmente, os sacerdotes deviam pronunciar-se a respeito de João. Se não o faziam, tampouco tinham moral para exigir que Jesus explique com que autoridade agia.
Além do mais, João já havia testemunhado para eles a respeito de Jesus: “No meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias” (Jo 1,26-27).
O próprio Jesus foi batizado por João (Mt 3,13-17), referendando o batismo de conversão que João realizava.
Tanto João Batista como Jesus não eram “profetas de ocasião”, que falam aquilo que os grandes querem ouvir. Por isso foram recusados pelas elites.
Havia, certa vez, um jardineiro que trabalhava como diarista em várias residências de um bairro classe alta, cuidando dos jardins das residências.
Um dia, um especialista em marketing de uma grande empresa contratou esse jardineiro para cuidar do jardim de sua casa.
Quando o jardineiro terminou o serviço, pediu ao executivo a permissão para utilizar o telefone, o que foi prontamente permitido. Contudo, o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa. O rapaz havia ligado para uma senhora, com a qual teve o seguinte dialogo:
- A senhora está precisando de um jardineiro?
- Não. Eu já tenho um.
- Mas, além de aparar, eu também tiro o lixo.
- Isso o meu jardineiro também faz.
- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.
- Mas o meu jardineiro também o faz.
- Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
- Não, o meu jardineiro também me atende prontamente.
- O meu preço é um dos melhores.
- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
Assim que o moço desligou o telefone, o executivo lhe disse: “Meu rapaz, você perdeu um cliente”. Ele respondeu: “Não. Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava medindo o quanto ela estava satisfeita”.
No advento, nós celebramos a espera do nascimento de Jesus. É uma espera ativa, isto é, não o esperamos de braços cruzados. Quando vamos receber uma visita, costumamos preparar a nossa casa. Vamos aproveitar estes poucos dias que faltam para nos preparar, e nos preparar bem.
domingo, 11 de dezembro de 2011
aplainai na solidão o caminho para nosso Deus
1 – Entrar na solidão para encontrar Deus
A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres que entraram na solidão para encontrar-se com Deus. Fizeram uma peregrinação pessoal em sua própria existência. A história da espiritualidade, em todas as religiões, têm exemplos de homens e mulheres que entraram na solidão para encontrar-se com Deus. São homens e mulheres que ensinam e comprovam com suas vida que o encontro com Deus, aquele encontro transformador, não acontece no barulho, mas no deserto, na solidão. É o acolhimento do convite que ouvimos de Isaías, na 1ª leitura: “aplainai na solidão o caminho para nosso Deus”. Todos esses grandes eventos religiosos que ouvimos falar ou participamos são anúncio, convite para entrar na solidão, para fazer a experiência do deserto, onde cada um constrói o seu caminho, aplaina as montanhas, endireita as curvas, abaixa outeiros da própria existência... É na solidão que participamos profundamente do encontro com Deus. Está aqui uma das maiores dificuldades de nosso tempo para motivar as pessoas a buscar Deus e a entrar no caminho de Deus.
2 – Deus está na invisibilidade do cotidiano
Outro elemento que dificulta muito entrar no caminho para se encontrar com Deus é a “invisibilidade” do relacionamento com Deus. Deus escolheu entrar em contato conosco no cotidiano de nossas vidas. E falar de cotidiano é entender a simplicidade da rotina, que dia após dia, repete os mesmos fatos e, tantas vezes, os mesmos problemas, os mesmos trabalhos, as mesmas lutas. São Pedro chama nossa atenção para esse fato, na 2ª leitura, explicando que não podemos ir ao encontro de Deus com cálculos matemáticos porque o tempo não existe para Deus. Por isso, não aceitamos previsões de fim de mundo. Por isso, insistimos tanto em peregrinar para o silêncio, para a solidão do deserto, onde cada um de nós, homens e mulheres, entramos em contato com nossas vidas pessoais, avaliamos nosso modo de viver, nosso modo de falar, nosso modo de agir. Não é Deus que se esconde em algum canto da vida, é nosso modo de viver que não nos conduz ao encontro de Deus. Por isso, é preciso parar, dar um tempo, avaliar e peregrinar para o silêncio interior, onde Deus vem ao nosso encontro com a paz e a serenidade. O encontro com Deus não é tão visível como gostaríamos e nem é novidadeiro, porque acontece na realidade do cotidiano, que é rotineiro.
3 – O caminho do cotidiano pode conduzir a Deus
A realidade do cotidiano é o caminho por onde caminhamos, onde colocamos os passos de nossas vidas. É na realidade cotidiana que se propõe o caminho da conversão pessoal, o caminho que conduz à uma nova terra, onde a glória divina habita e a fidelidade ao projeto divino é realidade. Como caminhamos na realidade de nossa vida cotidiana? Esse tempo de fim de ano, em que muitos podem descansar, é tempo de rever a estrada, de como caminhamos, do quanto progredimos espiritualmente na vida. É momento para avaliar se caminhamos sozinhos, se nosso caminho é feito de brigas e raivas, se nosso caminho não conduz a lugar algum. Quantos de nós alimentam suas vidas em sonhos que nunca acordam? Quantos se consideram perdidos na vida porque perderam a meta e por isso caminham em estradas com montanhas, vales, buracos, ribanceiras... caminham no risco de cair, de se afundar. Hoje, o convite é claro: preparem um caminho novo, que seja plano, reto, que tenha uma meta: encontrar-se com Deus, onde você encontrará a paz e a serenidade para sua vida.
4 – A dificuldade de entrar no deserto
Mas, existe uma dificuldade, como já mencionei acima. A dificuldade de entrar no deserto, de confrontar-se com o silêncio e com a solidão. Muitos de nós temos medo do silêncio, porque o silêncio nos conduz por uma estrada que nos faz olhar para nós mesmos. O silêncio nos conduz por caminhos que nos ajudam a perceber se caminhamos sem um destino, sem uma meta. E isso não é tão simples e nem fácil aceitar. Não é fácil a gente aceitar que entrou em caminho equivocado, as vezes caminhos errados, outras vezes caminhos de pecado. Esses são caminhos com vales, com montanhas que precisam ser aterrados para que o encontro com o Senhor aconteça. Aqui entendemos que a conversão não é uma questão, apenas, de vontade, mas é uma decisão de mudar o caminho, mudar o modo de viver. Sair de caminhos que não nos levam a lugar algum para caminhar nos caminhos de Deus, nos caminhos do Evangelho. Nesse tempo de proximidade do Natal e do Ano Novo é importante rever por quais caminhos conduzimos nossas vidas. Concluo repetindo o conselho de São Pedro, no final da 2ª leitura: “caríssimos, vivendo na esperança, esforçai-vos para que Deus vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz”. Amém!
A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres que entraram na solidão para encontrar-se com Deus. Fizeram uma peregrinação pessoal em sua própria existência. A história da espiritualidade, em todas as religiões, têm exemplos de homens e mulheres que entraram na solidão para encontrar-se com Deus. São homens e mulheres que ensinam e comprovam com suas vida que o encontro com Deus, aquele encontro transformador, não acontece no barulho, mas no deserto, na solidão. É o acolhimento do convite que ouvimos de Isaías, na 1ª leitura: “aplainai na solidão o caminho para nosso Deus”. Todos esses grandes eventos religiosos que ouvimos falar ou participamos são anúncio, convite para entrar na solidão, para fazer a experiência do deserto, onde cada um constrói o seu caminho, aplaina as montanhas, endireita as curvas, abaixa outeiros da própria existência... É na solidão que participamos profundamente do encontro com Deus. Está aqui uma das maiores dificuldades de nosso tempo para motivar as pessoas a buscar Deus e a entrar no caminho de Deus.
2 – Deus está na invisibilidade do cotidiano
Outro elemento que dificulta muito entrar no caminho para se encontrar com Deus é a “invisibilidade” do relacionamento com Deus. Deus escolheu entrar em contato conosco no cotidiano de nossas vidas. E falar de cotidiano é entender a simplicidade da rotina, que dia após dia, repete os mesmos fatos e, tantas vezes, os mesmos problemas, os mesmos trabalhos, as mesmas lutas. São Pedro chama nossa atenção para esse fato, na 2ª leitura, explicando que não podemos ir ao encontro de Deus com cálculos matemáticos porque o tempo não existe para Deus. Por isso, não aceitamos previsões de fim de mundo. Por isso, insistimos tanto em peregrinar para o silêncio, para a solidão do deserto, onde cada um de nós, homens e mulheres, entramos em contato com nossas vidas pessoais, avaliamos nosso modo de viver, nosso modo de falar, nosso modo de agir. Não é Deus que se esconde em algum canto da vida, é nosso modo de viver que não nos conduz ao encontro de Deus. Por isso, é preciso parar, dar um tempo, avaliar e peregrinar para o silêncio interior, onde Deus vem ao nosso encontro com a paz e a serenidade. O encontro com Deus não é tão visível como gostaríamos e nem é novidadeiro, porque acontece na realidade do cotidiano, que é rotineiro.
3 – O caminho do cotidiano pode conduzir a Deus
A realidade do cotidiano é o caminho por onde caminhamos, onde colocamos os passos de nossas vidas. É na realidade cotidiana que se propõe o caminho da conversão pessoal, o caminho que conduz à uma nova terra, onde a glória divina habita e a fidelidade ao projeto divino é realidade. Como caminhamos na realidade de nossa vida cotidiana? Esse tempo de fim de ano, em que muitos podem descansar, é tempo de rever a estrada, de como caminhamos, do quanto progredimos espiritualmente na vida. É momento para avaliar se caminhamos sozinhos, se nosso caminho é feito de brigas e raivas, se nosso caminho não conduz a lugar algum. Quantos de nós alimentam suas vidas em sonhos que nunca acordam? Quantos se consideram perdidos na vida porque perderam a meta e por isso caminham em estradas com montanhas, vales, buracos, ribanceiras... caminham no risco de cair, de se afundar. Hoje, o convite é claro: preparem um caminho novo, que seja plano, reto, que tenha uma meta: encontrar-se com Deus, onde você encontrará a paz e a serenidade para sua vida.
4 – A dificuldade de entrar no deserto
Mas, existe uma dificuldade, como já mencionei acima. A dificuldade de entrar no deserto, de confrontar-se com o silêncio e com a solidão. Muitos de nós temos medo do silêncio, porque o silêncio nos conduz por uma estrada que nos faz olhar para nós mesmos. O silêncio nos conduz por caminhos que nos ajudam a perceber se caminhamos sem um destino, sem uma meta. E isso não é tão simples e nem fácil aceitar. Não é fácil a gente aceitar que entrou em caminho equivocado, as vezes caminhos errados, outras vezes caminhos de pecado. Esses são caminhos com vales, com montanhas que precisam ser aterrados para que o encontro com o Senhor aconteça. Aqui entendemos que a conversão não é uma questão, apenas, de vontade, mas é uma decisão de mudar o caminho, mudar o modo de viver. Sair de caminhos que não nos levam a lugar algum para caminhar nos caminhos de Deus, nos caminhos do Evangelho. Nesse tempo de proximidade do Natal e do Ano Novo é importante rever por quais caminhos conduzimos nossas vidas. Concluo repetindo o conselho de São Pedro, no final da 2ª leitura: “caríssimos, vivendo na esperança, esforçai-vos para que Deus vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz”. Amém!
sábado, 10 de dezembro de 2011
COMO ELIAS
Mt 17,10-13
O povo judeu acreditava na volta de Elias para preparar a vinda do Messias. As circunstâncias de sua morte deram motivo a esta suposição. De fato, Elias precedeu a Jesus na pessoa de João Batista. Mas nenhum profeta tem vida sossegada; nem João Batista teve sorte diferente, e Jesua andou pelo mesmo caminho.
Seguir as pegadas de Cristo é trilhar o caminho do sofrimento. Lição dura e, mesmo quando teoricamente entendida, muito mais difícil é a realidade. O mundo não se constrói cpm ódios, lutas, reivindicações violentas. O mundo se constrói pelo amor recíproco. Teologia da libertação só é realmente libertadora quando baseada na fraternidade. Todas as leiias sociais pouco resultado têm sem uma alteração da mentalidade do homem. Justiça social quan não tem por base o Evangelho é lei de antagonismos, de um contra o outro. A preparação do Natal, isto é, a expectativa da vinda de Cristo, somente é possível quando nós vivemos na unidade. Receber concretamente Jesus entre nós, é acolher o pobre, o necessitado. Jesus não apareceu entre nóscomo adulto, mas como criança, para poder necessitar de nós. Os doentes, os marginalizados, são o Jesus necessitando de amor e carinho.
Várias são as formas de se celebrar o Natal. Porém, se o nosso Natal não passar de um Natal histórico, de um Jesus em Belém que não chega a ser um Jesus da casa do vizinho, um Jesus ue nascido na favela e bairros, o Natal permanece fantasia...
Os pastores se ajoelharam, os magos se ajoelharam no chão, na poeira, não no salão de baile. Mas nós não uvimos João Batista nem Elias... Nosso Natal é tempo de concorrência, de cifrão e - impossível de se acreditar - de ausência de Jesus!
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
NÃO OUVEM NEM A JOÃO NEM AO FILHO DO HOMEM.
Mt 11,16-19
Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola das crianças brincando na praça. Existe no meio delas um grupinho de crianças amuadas, que não colaboram com seus colegas nos brinquedos, sejam estes de alegria ou de tristeza.
As crianças costumam, em seus brinquedos, imitar os adultos. E o que as crianças viam quase todos os dias eram as festas de casamento e os velórios. Nas festas, uns tocavam flauta e todos dançavam. Nos velórios, havia as “carpideiras”, mulheres especializadas em entoar lamentações tão tristes que faziam todo mundo chorar. Mas aquelas crianças amuadas da praça não participavam que as outras propunham.
João Batista era um asceta rígido, que praticava austeros jejuns. Não fizeram caso dele, com o pretexto de que era um fanático. Chega Jesus anunciando a Boa Nova e a alegria messiânica do Reino de Deus, e levando uma vida normal, comendo e bebendo como qualquer pessoa, pronto: culparam-no de glutão, beberrão e que anda em más companhias.
Deus planejou tudo direitinho: mandou João para despertar o arrependimento dos pecados, e depois o seu Filho para realizar a sua reconciliação com o povo, iniciando o Reino de Deus. Mas quando não há boa vontade, nenhum plano funciona, por melhor que seja.
Entretanto, apesar do não acolhimento, a sabedoria de Deus triunfa. Tanto João como Jesus, se não são reconhecidos agora, sê-lo-ão mais tarde, pois as suas obras dão testemunho a favor deles, e a sabedoria da verdade, mais cedo ou mais tarde prevalece. A própria riqueza das pregações dos dois, e os seus milagres, dão testemunho em favor deles.
Nós não queremos ser como crianças amuadas; queremos participar de tudo o que Deus nos mandou e que Jesus nos deixou para o nosso bem.
Quando não queremos aceitar a verdade anunciada por alguém, procuramos diminuir a autoridade ou a competência ou a moral da pessoa que a fala, a fim de ter um pretexto para a recusa. Quantas vezes os líderes cristãos são criticados unicamente por isso: tocam na ferida, pisam no calo de quem não quer sair do pecado. Toda discussão sobre “padres progressistas” e “padres conservadores” parte daí. É mais fácil destruir o mensageiro do que acolher a mensagem. Por exemplo, quem serve a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo, critica cada vez que um líder de Comunidade toca nesse assunto.
“Eu não vou à Missa porque não gosto do padre”, dizem alguns. Por que não lêem o folheto da Missa e refletem sobre ele? É uma hora só! Hoje há livrinhos com as leituras das Missas, inclusive da semana. Isso prova que a raiz do problema não está no padre, mas na pessoa, que quer continuar andando com os pés em duas canoas.
Advento é tempo de limpar a casa para receber a visita de Jesus no Natal. É tempo de retirar as sujeiras dos defeitos e enfeitar a casa com as flores das virtudes.
Certa vez, em um domingo do advento, uma Comunidade rural estava celebrando o culto dominical, na sua capela. Estava presente um senhor da cidade, que veio passar o fim de semana na casa de um amigo.
Na gora da partilha da palavra, ele contou que lá na Comunidade urbana estavam preparando certas básicas, para dar às famílias carentes, antes do Natal. E sugeriu que esta Comunidade também fizesse isso.
Um dos membros da Comunidade disse a ele: “Desculpe, senhor fulano, mas para nós aqui Natal é o ano inteiro. Nós assumimos o compromisso de não deixar ninguém passar fome aqui no nosso bairro”. O visitante ficou com a cara no chão.
De fato, o certo é isso mesmo. Quando promovemos campanhas de Natal é mais para despertar nas pessoas a solidariedade, que deve haver o ano todo; e não era este o caso daquela Comunidade rural.
Maria Santíssima dançou quando Deus tocou flauta, e bateu no peito quando Deus entoou lamentações. Foi a discípula do Senhor, fiel a ele sempre e em tudo.
Ó Mãe do Redentor, do céu ó porta, ao povo que caiu, socorre e exorta, pois busca levantar-se, Virgem pura, nascendo o Criador da criatura. Tem piedade de nós e ouve, suave, o anjo te saudando com seu Ave!
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO!
Lc 1,26-38
Hoje é com muita alegria que nós celebramos a solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhor. O Evangelho narra a cena da anunciação, em que o anjo Gabriel lhe fala: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
Deus quis que uma mulher contribuísse bem de perto na redenção da humanidade, já que uma mulher, Eva, havia colaborado no pecado. E a mulher que Deus escolheu não podia ser vítima de pecado, pois seria um sinal de fraqueza de Deus, diante das forças do mal. Como Davi venceu o gigante Golias (1Sm 17,49), Jesus derrotou o tentador. Não só derrotou, mas arrasou com ele completamente. Nem junto à sua mãe ele teve vez. Após o dilúvio, uma pomba trouxe em seu bico um raminho verde para Noé (Gn 8,11). Aquela pomba não estava suja de barro, ela n fora atingida pelo dilúvio.
Nós também somos chamados a colaborar na redenção, libertando-nos cada vez mais do tentador. Deus não gosta de gente manchada e suja. Como podemos anunciar a vitória de Cristo, se até nós, os anunciadores, somos vítima do tentador? Pecadores todos nascemos. Mas temos condições de nos purificar, usando os meios que Jesus nos deixou, entre os quais se destaca a Igreja, da qual Maria é Mãe. Assim, tirando a trave do nosso olho, temos condições de tirar o cisco que está no olho do nosso irmão. “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).
A concepção imaculada de Maria nos mostra que Deus não quer conviver com pecado. Ele quer o pecado longe dele. Ele nos suporta, quando pecamos, mas não queria isso, como qualquer pai que não quer ver o filho ou filha no caminho errado. Como podemos dizer a Deus: “Senhor, eu vos amo sobre todas as coisas”, e depois viramos as costas e já começamos a colocar outras coisas acima dele? Por isso que Deus fala na Bíblia: “Estou para vomitar-te da minha boca” (Ap 3,16).
A Imaculada Conceição foi um fruto antecipado da redenção realizada por Jesus, o seu Filho. E o fato de ela ter sido isenta do pecado, já na sua concepção, mostra que a força da graça redentora supera infinitamente a força do pecado. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5,20).
“Quando éreis escravos do pecado, praticáveis ações das quais hoje vos envergonhais. Agora, porém, libertados do pecado e como servos de Deus, produzis frutos para a vossa santificação, tendo como meta a vida eterna. Com efeito, a paga do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna no Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6,20-23). Antes, quando reinava o pecado, o carro estava na frente dos bois, e dava tudo errado. Cristo veio, colocou os bois na frente do carro, e na direção certo, que é a nossa felicidade.
Deus realizou plenamente a redenção na Mãe do seu Filho, para nos mostrar o que ele quer de todos nós. Ela se tornou assim para nós uma seta indicando-nos o caminho. Ela é a estrela da esperança, que nos anima a sempre nos levantar a caminhar.
Santo Agostinho, quando estava mergulhado no pecado, leu, por sugestão de sua mãe, muitas biografias de santos. Um dia ele disse para si mesmo, em latim, que era a sua língua: “Potuerunt ii, potuerunt ee; cur non tu, Agostiné?” Em português: “Puderam estes, puderam aquelas, por que não tu, Agostinho?” Impulsionado por este lema, venceu.
Daqui a exatamente nove meses, celebraremos o nascimento de Maria. Rezemos, neste tempo, pelos nascituros, a fim de que sejam protegidos por suas mães. Este é também um bom modo de nos prepararmos para o Natal.
Certa vez, um pai deu para a sua filha, como presente pelo aniversário de quinze anos, um colar de diamantes, de alto preço. A mocinha ficou muito feliz. Mas, alguns dias depois, o colar desapareceu. Por mais que a família o procurasse não encontrou. O pai, então, ofereceu uma grande recompensa a quem o encontrasse, ou devolvesse. A notícia se espalhou e muitas pessoas começaram a procurar o colar.
Um dia, um rapaz passava na beira de um lago e viu lá no fundo o colar. Apesar de a água ser suja, poluída e estar cheirando muito mal, ele, pensando na recompensa, venceu o nojo e introduziu a mão na água para pegar o colar. Mas não conseguiu pegá-lo, parece que fugia de sua mão. Entrou dentro do lago, sujando-se todo, mas também sem sucesso. Por fim, ele mergulhou no lago para olhar bem no fundo. Entretanto, mesmo assim o colar sempre escapava.
Todo enlameado, desistiu de procurar e decidiu voltar para casa, a fim de tomar um banho e trocar de roupa. Nesse momento, apareceu um velhinho, o qual perguntou ao moço por que estava tão sujo. O rapaz explicou. O velho apontou para cima e mostrou-lhe o colar pendurado no galho de uma árvore. O que ele via no lago era apenas o reflexo. Certamente algum pássaro grande, atraído pelo seu brilho, o levou para lá. Foi só subir na árvore, pronto, o jovem pegou o colar e ganhou o prêmio.
O reflexo do colar na água suja representa as nossas buscas ilusórias do tesouro da felicidade. Para encontrar a felicidade verdadeira, precisamos olhar para o alto, para cima, para os valores do céu, como Maria Santíssima fez, evitando todo pecado e tornando-se imaculada.
Peçamos a Nossa Senhora da Conceição que interceda por nós, a fim de que sejamos cada vez mais parecidos com ela, imaculados.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
VINDE A MIM TODOS VÓS QUE ESTAIS CANSADOS.
Mt 11,28-30
No Evangelho de hoje, Jesus nos convida a nos aproximarmos dele. Se aceitarmos o convite, nós que andamos “cansados e fatigados sob o peso dos nossos fardos”, encontraremos descanso. Portanto, não existe convite melhor.
“O meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” O fardo de Jesus á a obediência aos mandamentos. É um jugo suave, porque Deus nos ajuda com a sua graça.
“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” Como que é uma pessoa mansa e humilde? É pacífica, acolhedora, paciente, compreensiva, alegre, serviçal e amiga. As pessoas não precisam se preparar para se aproximar delas, porque sabem que sempre serão bem acolhidas e compreendidas. As crianças são as primeiras a conhecerem essas pessoas e logo as procuram. Por outro lado, há pessoas que são de difícil relacionamento. Você ensaia, ensaia, para falar algo com elas, e mesmo assim se dá mal às vezes.
Jesus sempre se mostrou uma pessoa boa, acolhedora, compreensiva, humilde aberta. E nos convida a vivermos ao seu lado. Que bom!
“O Senhor corrige a quem ama e castiga a quem aceita como filho” (Hb 12,4). “Eu repreendo e educo aos que amo” (Ap 3,10). É justamente o amor que Deus tem por nós que o leva a nos impor o seu suave jugo.
E Jesus não mudou este seu comportamento, mesmo nas suas horas mais difíceis, que foram a condenação e a morte. “Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
“Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e assumiu os nossos sofrimentos. Foi castigado por nossos crimes. Nós fomos curados, graças aos seus padecimentos. O justo justificou a muitos” (Is 53,4). A nossa salvação foi o principal gesto de amor de Jesus.
“Cristo morreu pelos pecadores, o justo pelos injustos, a fim de os conduzir a Deus” (1Pd 3,18). Amar quem é bom, até que não é difícil. Mas amar a uma pessoa ruim, ou a um inimigo, é difícil. Jesus nos amou quando éramos ruins e este seu amor nos tornou bons.
E ele nos pede para imitá-lo: “Irmãos, tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus que, sendo rico se fez pobre por amor de vós!” (Fl 2,5). “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.” Queremos imitar o Senhor, tendo a virtude da benignidade, que é o amor às pessoas fracas, que cometem erros ou que nos ofendem.
Ninguém é totalmente ruim, nem totalmente bom. Só o demônio é totalmente ruim, e só Deus é totalmente bom. Todos nós temos um pouco de bondade e um pouco de maldade. Mas a virtude da benignidade nos leva a ver o lado bom das pessoas. Esse é o melhor incentivo para que as pessoas más se tornem boas.
O Natal é uma festa cercada de paz, porque nela celebramos o nascimento de Jesus, a própria paz encarnada. Que agora, no advento, nos preparemos para celebrar o Natal com um coração cheio de paz.
Certa vez, dois amigos estavam conversando, mas entre eles havia uma parede. A certo momento, um deles comentou que a parede era azul. O outro discordou: “Azul coisa nenhuma! Você não deve estar enxergando bem. Não está vendo que a cor desta parede é amarela?”
“Como amarela?! – disse o outro – você é que precisa trocar os óculos. Está na cara que esta parede é azul”. “Mas como pode? – retrucou o outro – como você teima em dizer que é azul?!”
E a discussão continuou rolando, no meio já de algum insulto. Até que um deles resolveu dar a volta e ver a parede do lado do outro. Realmente ela era azul. Azul de um lado e amarela do outro.
A pessoa mansa e humilde coração vê as realidades do lado do seu irmão ou irmã. Por isso está sempre em paz.
No Evangelho de hoje, Jesus nos convida a nos aproximarmos dele. Se aceitarmos o convite, nós que andamos “cansados e fatigados sob o peso dos nossos fardos”, encontraremos descanso. Portanto, não existe convite melhor.
“O meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” O fardo de Jesus á a obediência aos mandamentos. É um jugo suave, porque Deus nos ajuda com a sua graça.
“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” Como que é uma pessoa mansa e humilde? É pacífica, acolhedora, paciente, compreensiva, alegre, serviçal e amiga. As pessoas não precisam se preparar para se aproximar delas, porque sabem que sempre serão bem acolhidas e compreendidas. As crianças são as primeiras a conhecerem essas pessoas e logo as procuram. Por outro lado, há pessoas que são de difícil relacionamento. Você ensaia, ensaia, para falar algo com elas, e mesmo assim se dá mal às vezes.
Jesus sempre se mostrou uma pessoa boa, acolhedora, compreensiva, humilde aberta. E nos convida a vivermos ao seu lado. Que bom!
“O Senhor corrige a quem ama e castiga a quem aceita como filho” (Hb 12,4). “Eu repreendo e educo aos que amo” (Ap 3,10). É justamente o amor que Deus tem por nós que o leva a nos impor o seu suave jugo.
E Jesus não mudou este seu comportamento, mesmo nas suas horas mais difíceis, que foram a condenação e a morte. “Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
“Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e assumiu os nossos sofrimentos. Foi castigado por nossos crimes. Nós fomos curados, graças aos seus padecimentos. O justo justificou a muitos” (Is 53,4). A nossa salvação foi o principal gesto de amor de Jesus.
“Cristo morreu pelos pecadores, o justo pelos injustos, a fim de os conduzir a Deus” (1Pd 3,18). Amar quem é bom, até que não é difícil. Mas amar a uma pessoa ruim, ou a um inimigo, é difícil. Jesus nos amou quando éramos ruins e este seu amor nos tornou bons.
E ele nos pede para imitá-lo: “Irmãos, tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus que, sendo rico se fez pobre por amor de vós!” (Fl 2,5). “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.” Queremos imitar o Senhor, tendo a virtude da benignidade, que é o amor às pessoas fracas, que cometem erros ou que nos ofendem.
Ninguém é totalmente ruim, nem totalmente bom. Só o demônio é totalmente ruim, e só Deus é totalmente bom. Todos nós temos um pouco de bondade e um pouco de maldade. Mas a virtude da benignidade nos leva a ver o lado bom das pessoas. Esse é o melhor incentivo para que as pessoas más se tornem boas.
O Natal é uma festa cercada de paz, porque nela celebramos o nascimento de Jesus, a própria paz encarnada. Que agora, no advento, nos preparemos para celebrar o Natal com um coração cheio de paz.
Certa vez, dois amigos estavam conversando, mas entre eles havia uma parede. A certo momento, um deles comentou que a parede era azul. O outro discordou: “Azul coisa nenhuma! Você não deve estar enxergando bem. Não está vendo que a cor desta parede é amarela?”
“Como amarela?! – disse o outro – você é que precisa trocar os óculos. Está na cara que esta parede é azul”. “Mas como pode? – retrucou o outro – como você teima em dizer que é azul?!”
E a discussão continuou rolando, no meio já de algum insulto. Até que um deles resolveu dar a volta e ver a parede do lado do outro. Realmente ela era azul. Azul de um lado e amarela do outro.
A pessoa mansa e humilde coração vê as realidades do lado do seu irmão ou irmã. Por isso está sempre em paz.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Somos as ovelhas amadas e procuradas pelo Bom Pastor
Mt. 18: 12-14
O fato de encontrarmos um objeto que tínhamos perdido enche-nos de grande alegria a cada vez que isso ocorre. E essa alegria é maior do que a que experimentávamos antes de o perder, quando aquele objeto estava bem guardado. Mas a parábola da ovelha perdida fala mais da ternura de Deus do que da maneira como os homens habitualmente se comportam. Ela exprime uma verdade profunda: abandonar o que tem importância por amor do que há de mais humilde é próprio do poder divino, não da cobiça humana, porque Deus faz mesmo existir o que não é. Ele parte à procura do que está perdido, guardando o que deixou ficar para trás, e encontra o que se tinha transviado sem perder o que está à Sua guarda.
É por isso que este Pastor não é da terra, mas do céu. A parábola não é de forma alguma a representação de obras humanas, mas esconde mistérios divinos, como é demonstrado.
Cabalmente pelos números que menciona: “Se um de vós, diz o Senhor, tiver cem ovelhas e perder uma”. Como vê, a perda de uma só ovelha magoou o pastor, tanto como se o rebanho inteiro, privado da sua proteção, se tivesse metido por um caminho errado. É por isso que, deixando as outras noventa e nove, ele parte à procura de uma só – não se ocupa senão de uma só – a fim de encontrá-la e, nela, salvar a todas.
“Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha que estava perdida”. Quando chegou o tempo da misericórdia (cf. Sl 101,15), o Bom Pastor desceu de junto do Pai, tal como tinha sido prometido desde toda a eternidade. Veio procurar a única ovelha que se tinha perdido. Prometido a ela [ovelha] desde sempre, por causa dela foi enviado no tempo. Por ela nasceu e se entregou eternamente predestinado a ela. Ela é única, separada dos judeus e dos gentios, presente em todos os povos. É única no seu mistério, múltipla nas pessoas, múltipla pela carne segundo a natureza, única pelo espírito segundo a graça – numa palavra, uma única ovelha e uma multidão incontável. Portanto, poderíamos assim dizer que, no homem, Deus salva toda a criação.
Ora, aqueles que o Pastor reconhece como seus, “ninguém pode arrancá-los das suas mãos” (cf. Jo 10,28). Porque não se pode forçar a verdadeira potência, enganar a sabedoria, destruir a caridade. Por isso, Ele fala com segurança ao dizer: “Dos que me deste, Pai, não perdi um único” (Jo 18,9).
Ele foi enviado como verdade aos violentados, como estrada aos perdidos, como vida para os que estavam mortos, como sabedoria para os insensatos, como remédio aos doentes, como resgate para os cativos, como alimento aos que morriam de fome. Para todos esses, pode-se dizer que Ele foi enviado “às ovelhas perdidas da casa de Israel” (cf. Mt 15,24), para que elas não se percam para sempre. Foi enviado como alma para um corpo inerte, para que à Sua vinda os membros se reanimassem e revivessem com uma vida nova, sobrenatural e divina: é a primeira ressurreição (cf. Ap 20,5). Por isso, pode Ele mesmo declarar: “Vai chegar a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a tiverem ouvido viverão” (Jo 5,25). E pode, portanto, dizer das Suas ovelhas: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (cf Jo 10,27).
Como aquela ovelha, ergamos, pois as nossas mãos e deixemo-nos levantar, abraçar e colocar nos ombros do Bom Pastor para sermos salvos.
O fato de encontrarmos um objeto que tínhamos perdido enche-nos de grande alegria a cada vez que isso ocorre. E essa alegria é maior do que a que experimentávamos antes de o perder, quando aquele objeto estava bem guardado. Mas a parábola da ovelha perdida fala mais da ternura de Deus do que da maneira como os homens habitualmente se comportam. Ela exprime uma verdade profunda: abandonar o que tem importância por amor do que há de mais humilde é próprio do poder divino, não da cobiça humana, porque Deus faz mesmo existir o que não é. Ele parte à procura do que está perdido, guardando o que deixou ficar para trás, e encontra o que se tinha transviado sem perder o que está à Sua guarda.
É por isso que este Pastor não é da terra, mas do céu. A parábola não é de forma alguma a representação de obras humanas, mas esconde mistérios divinos, como é demonstrado.
Cabalmente pelos números que menciona: “Se um de vós, diz o Senhor, tiver cem ovelhas e perder uma”. Como vê, a perda de uma só ovelha magoou o pastor, tanto como se o rebanho inteiro, privado da sua proteção, se tivesse metido por um caminho errado. É por isso que, deixando as outras noventa e nove, ele parte à procura de uma só – não se ocupa senão de uma só – a fim de encontrá-la e, nela, salvar a todas.
“Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha que estava perdida”. Quando chegou o tempo da misericórdia (cf. Sl 101,15), o Bom Pastor desceu de junto do Pai, tal como tinha sido prometido desde toda a eternidade. Veio procurar a única ovelha que se tinha perdido. Prometido a ela [ovelha] desde sempre, por causa dela foi enviado no tempo. Por ela nasceu e se entregou eternamente predestinado a ela. Ela é única, separada dos judeus e dos gentios, presente em todos os povos. É única no seu mistério, múltipla nas pessoas, múltipla pela carne segundo a natureza, única pelo espírito segundo a graça – numa palavra, uma única ovelha e uma multidão incontável. Portanto, poderíamos assim dizer que, no homem, Deus salva toda a criação.
Ora, aqueles que o Pastor reconhece como seus, “ninguém pode arrancá-los das suas mãos” (cf. Jo 10,28). Porque não se pode forçar a verdadeira potência, enganar a sabedoria, destruir a caridade. Por isso, Ele fala com segurança ao dizer: “Dos que me deste, Pai, não perdi um único” (Jo 18,9).
Ele foi enviado como verdade aos violentados, como estrada aos perdidos, como vida para os que estavam mortos, como sabedoria para os insensatos, como remédio aos doentes, como resgate para os cativos, como alimento aos que morriam de fome. Para todos esses, pode-se dizer que Ele foi enviado “às ovelhas perdidas da casa de Israel” (cf. Mt 15,24), para que elas não se percam para sempre. Foi enviado como alma para um corpo inerte, para que à Sua vinda os membros se reanimassem e revivessem com uma vida nova, sobrenatural e divina: é a primeira ressurreição (cf. Ap 20,5). Por isso, pode Ele mesmo declarar: “Vai chegar a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a tiverem ouvido viverão” (Jo 5,25). E pode, portanto, dizer das Suas ovelhas: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (cf Jo 10,27).
Como aquela ovelha, ergamos, pois as nossas mãos e deixemo-nos levantar, abraçar e colocar nos ombros do Bom Pastor para sermos salvos.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
DOIS CEGOS, CRENDO EM JESUS, SÃO CURADOS.
Mt 9,27-31
Neste Evangelho, Jesus testa a fé de dois cegos, e eles passam de cheio no teste.
Enquanto Jesus caminhava, eles foram atrás pedindo a cura. Jesus não os atendeu, mas continuaram pedindo. Jesus entrou em casa, eles foram atrás e entraram na sua casa. Jesus lhes pergunta: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles: “Sim, Senhor”. Na verdade, a própria insistência deles já mostrava a sua fé. “Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: Faça-se conforme a vossa fé. E os olhos deles se abriram”.
A pergunta de Jesus é feita a nós também: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” A nossa fé é condição para recebermos as graças de Deus.
A fé é um dom de Deus aos que lhe obedecem. Quem tem esse dom é capaz de transportar montanhas. É sempre feliz e tem o amparo de Deus em tudo o que pede. “Ter fé é um modo de já possuir aquilo que se espera. É um meio de conhecer realidades que não se vêem... Ter fé é caminhar como se visse o invisível” (Hb 11,1.27).
Mas só ganha o dom da fé quem obedece a Deus: “Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21). Deus se manifesta, abrindo os nossos olhos para a fé. Quando Jesus visitou a sua cidade natal, “não conseguiu fazer ali nenhum milagre. Ele se admirou da incredulidade deles”. Veja como a fé é importante para recebermos milagres!
Para ter fé é importante viver no amor verdadeiro: “Aquele que ama conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4,7).
É importante lembrar também que ter fé não é acreditar em um Evangelho modificado conforme a nossa cabeça e os nossos interesses, mas é curvar-se diante do Evangelho legítimo deixado por Jesus e transmitido pela Igreja, que ele fundou, que tem Pedro e seus sucessores como chefes.
Advento é tempo de fé e de transformação, varrendo a nossa casa para Jesus entrar.
Certa vez, um homem quis zombar do seu vizinho que fazia aniversário. Pegou uma bandeja, encheu-a de lixo e porcarias, enfeitou-a bem e pediu que uma pessoa levasse para ele.
O aniversariante abriu o presente. Vendo o que era, pediu que o emissário esperasse um pouquinho. Foi lá dentro, jogou fora aquela sujeira, lavou bem a bandeja e a perfumou. Depois encheu-a de flores e mandou de volta para o vizinho, com um cartão dizendo assim: “A gente dá o que tem de melhor”.
A fé é um tesouro que carregamos dentro de nós, melhor até que flores. E o mundo está precisando com urgência desse presente.
Neste Evangelho, Jesus testa a fé de dois cegos, e eles passam de cheio no teste.
Enquanto Jesus caminhava, eles foram atrás pedindo a cura. Jesus não os atendeu, mas continuaram pedindo. Jesus entrou em casa, eles foram atrás e entraram na sua casa. Jesus lhes pergunta: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles: “Sim, Senhor”. Na verdade, a própria insistência deles já mostrava a sua fé. “Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: Faça-se conforme a vossa fé. E os olhos deles se abriram”.
A pergunta de Jesus é feita a nós também: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” A nossa fé é condição para recebermos as graças de Deus.
A fé é um dom de Deus aos que lhe obedecem. Quem tem esse dom é capaz de transportar montanhas. É sempre feliz e tem o amparo de Deus em tudo o que pede. “Ter fé é um modo de já possuir aquilo que se espera. É um meio de conhecer realidades que não se vêem... Ter fé é caminhar como se visse o invisível” (Hb 11,1.27).
Mas só ganha o dom da fé quem obedece a Deus: “Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21). Deus se manifesta, abrindo os nossos olhos para a fé. Quando Jesus visitou a sua cidade natal, “não conseguiu fazer ali nenhum milagre. Ele se admirou da incredulidade deles”. Veja como a fé é importante para recebermos milagres!
Para ter fé é importante viver no amor verdadeiro: “Aquele que ama conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4,7).
É importante lembrar também que ter fé não é acreditar em um Evangelho modificado conforme a nossa cabeça e os nossos interesses, mas é curvar-se diante do Evangelho legítimo deixado por Jesus e transmitido pela Igreja, que ele fundou, que tem Pedro e seus sucessores como chefes.
Advento é tempo de fé e de transformação, varrendo a nossa casa para Jesus entrar.
Certa vez, um homem quis zombar do seu vizinho que fazia aniversário. Pegou uma bandeja, encheu-a de lixo e porcarias, enfeitou-a bem e pediu que uma pessoa levasse para ele.
O aniversariante abriu o presente. Vendo o que era, pediu que o emissário esperasse um pouquinho. Foi lá dentro, jogou fora aquela sujeira, lavou bem a bandeja e a perfumou. Depois encheu-a de flores e mandou de volta para o vizinho, com um cartão dizendo assim: “A gente dá o que tem de melhor”.
A fé é um tesouro que carregamos dentro de nós, melhor até que flores. E o mundo está precisando com urgência desse presente.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
AQUELE QUE FAZ A VONTADE DE MEU PAI ENTRARÁ NO REINO DOS CÉUS.
Este Evangelho narra a belíssima parábola da casa construída sobre a rocha. Jesus identifica por em prática a sua palavra com por em prática a vontade de Deus Pai. Identifica também construir sobre a rocha com entrar no Reino dos Céus. Fica clara a importância de praticarmos as palavras de Jesus para podermos receber a salvação eterna. Em vez de fazer, Jesus usa a expressão por em prática a vontade de Deus. Isso para deixar bem claro que não basta também conhecermos ou até divulgarmos os mandamentos de Deus.
“Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus.” A nossa salvação não depende da nossa oração. Ela é meio. A nossa salvação depende mesmo é de por em prática as palavras de Jesus.
Também a nossa salvação não depende de ouvirmos as palavras de Jesus, e sim, de a colocarmos em prática. Os dois que constroem suas casas – um sobre a rocha e o outro sobre a areia – ouvem a Palavra de Deus. De fato, hoje é muito fácil ouvir as palavras de Jesus, e também de lê-las. Por isso, freqüentemente percebemos certa distância entre a Palavra de Deus que ouvimos e a vida que levamos. Mas não nos importamos muito com isso. Aí que mora o perigo.
Com esta parábola, Jesus derruba todas as nossas desculpas e subterfúgios, e centraliza a nossa salvação no por em prática as suas palavras.
No fundo, a parábola nos pega de cheio e nos chama a todos de imprudentes, porque gostamos muito mais de ouvir a Palavra de Deus do que de praticá-la. Ouvir é até gostoso, se for bem apresentada. Em outras palavras, o que gostamos mesmo é de construir sobre a areia.
Quantas pessoas conseguem enganar os outros, fazendo falcatruas em segredo. Mas cuidado: “Não há nada de oculto que um dia não seja revelado”.
Olhando-nos com sinceridade, temos de reconhecer que existe certa distância entre os ensinamentos de Jesus e a vida que levamos. Apesar disso, continuamos ouvindo, ouvindo, ouvindo... e pouco nos preocupando com a conversão de vida. Em outras palavras, continuamos construindo sobre a areia. Portanto, se, após a nossa morte, nos sairmos bem no Juízo, será por pura misericórdia de Deus.
Quem constrói uma casa sem alicerce é sem juízo; além de jogar dinheiro fora, ainda arrisca a própria vida e da família. O mesmo acontece com quem quer levar uma vida dupla, com dois comportamentos diferentes: na sociedade e na igreja.
“Quem avisa amigo é.” Ao nos contar esta parábola, Jesus mostrou que é nosso amigo, a fim de não termos surpresas desagradáveis depois.
Que as pessoas, quando se referirem a nós, não tenham de dizer como Jesus falava a respeito dos fariseus: “Sigam o que ele ou ela fala, mas não imitem suas ações”.
Se a nossa casa tiver alguma rachadura, que a reforcemos neste tempo do advento para que, quando Jesus chegar, ele não nos chame de sem juízo.
Certa vez, um homem disse ao seu amigo: “Eu tenho ido à igreja por trinta anos, ouvi uns três mil sermões, e não consigo me lembrar de nem um. Estou preocupado com isso”.
O amigo respondeu: “Eu estou casado há trinta anos. Durante este tempo, minha esposa deve ter cozinhado umas trinta e duas mil refeições para mim. Mas eu não consigo me lembrar do cardápio de nem uma. Mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força necessária para eu fazer o meu trabalho. Se minha esposa não me tivesse dado essas refeições, eu já teria morrido há muito tempo. Da mesma maneira, se você não tivesse ouvido esses tantos sermões, hoje você seria um marginal”.
A Palavra de Deus é como a semente que, quando semeada, cresce por si mesma. Basta não colocarmos obstáculos, que a Palavra de Deus cresce e produz fruto em nós por si mesma, sem que percebamos. O problema é que o maligno também semeia em nós a sua cizânia, e esta, devido ao pecado que existe dentro de nós e no mundo, cresce mais rápido e tende a abafar a Palavra de Deus.
“Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus.” A nossa salvação não depende da nossa oração. Ela é meio. A nossa salvação depende mesmo é de por em prática as palavras de Jesus.
Também a nossa salvação não depende de ouvirmos as palavras de Jesus, e sim, de a colocarmos em prática. Os dois que constroem suas casas – um sobre a rocha e o outro sobre a areia – ouvem a Palavra de Deus. De fato, hoje é muito fácil ouvir as palavras de Jesus, e também de lê-las. Por isso, freqüentemente percebemos certa distância entre a Palavra de Deus que ouvimos e a vida que levamos. Mas não nos importamos muito com isso. Aí que mora o perigo.
Com esta parábola, Jesus derruba todas as nossas desculpas e subterfúgios, e centraliza a nossa salvação no por em prática as suas palavras.
No fundo, a parábola nos pega de cheio e nos chama a todos de imprudentes, porque gostamos muito mais de ouvir a Palavra de Deus do que de praticá-la. Ouvir é até gostoso, se for bem apresentada. Em outras palavras, o que gostamos mesmo é de construir sobre a areia.
Quantas pessoas conseguem enganar os outros, fazendo falcatruas em segredo. Mas cuidado: “Não há nada de oculto que um dia não seja revelado”.
Olhando-nos com sinceridade, temos de reconhecer que existe certa distância entre os ensinamentos de Jesus e a vida que levamos. Apesar disso, continuamos ouvindo, ouvindo, ouvindo... e pouco nos preocupando com a conversão de vida. Em outras palavras, continuamos construindo sobre a areia. Portanto, se, após a nossa morte, nos sairmos bem no Juízo, será por pura misericórdia de Deus.
Quem constrói uma casa sem alicerce é sem juízo; além de jogar dinheiro fora, ainda arrisca a própria vida e da família. O mesmo acontece com quem quer levar uma vida dupla, com dois comportamentos diferentes: na sociedade e na igreja.
“Quem avisa amigo é.” Ao nos contar esta parábola, Jesus mostrou que é nosso amigo, a fim de não termos surpresas desagradáveis depois.
Que as pessoas, quando se referirem a nós, não tenham de dizer como Jesus falava a respeito dos fariseus: “Sigam o que ele ou ela fala, mas não imitem suas ações”.
Se a nossa casa tiver alguma rachadura, que a reforcemos neste tempo do advento para que, quando Jesus chegar, ele não nos chame de sem juízo.
Certa vez, um homem disse ao seu amigo: “Eu tenho ido à igreja por trinta anos, ouvi uns três mil sermões, e não consigo me lembrar de nem um. Estou preocupado com isso”.
O amigo respondeu: “Eu estou casado há trinta anos. Durante este tempo, minha esposa deve ter cozinhado umas trinta e duas mil refeições para mim. Mas eu não consigo me lembrar do cardápio de nem uma. Mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força necessária para eu fazer o meu trabalho. Se minha esposa não me tivesse dado essas refeições, eu já teria morrido há muito tempo. Da mesma maneira, se você não tivesse ouvido esses tantos sermões, hoje você seria um marginal”.
A Palavra de Deus é como a semente que, quando semeada, cresce por si mesma. Basta não colocarmos obstáculos, que a Palavra de Deus cresce e produz fruto em nós por si mesma, sem que percebamos. O problema é que o maligno também semeia em nós a sua cizânia, e esta, devido ao pecado que existe dentro de nós e no mundo, cresce mais rápido e tende a abafar a Palavra de Deus.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
IMEDIATAMENTE DEIXARAM AS REDES E O SEGUIRAM.
Hoje é com alegria que nós celebramos a festa do Apóstolo Santo André. Ele nasceu em Betsaida, na Galiléia. A vocação de Santo André está narrada no Evangelho acima, que é próprio da festa dele.
O Evangelho narra Jesus chamando quatro Apóstolos: Simão Pedro, André, João de Tiago.
Como é bom ser chamado por Deus! Nós também somos chamados. Todos sem exceção, porque, se fomos criados por Deus, é porque ele tinha em mente uma vocação para nos dar.
Nós admiramos a resposta pronta dos quatro. Pronta e decidida, porque todos eles perseveraram até a morte. Chama a nossa atenção também as renuncias deles, para poderem seguir a Jesus: deixaram bens materiais como redes, barcos, deixaram a família... e ganharam cem vezes mais.
Outro detalhe importante é que todos estavam trabalhando. Deus gosta de chamar quem está trabalhando, porque vocação é trabalho. Quem não gosta de trabalhar, não vai perseverar no chamado de Deus.
Inclusive, Jesus não os tirou do trabalho; apenas mudou um pouquinho: Pedro e André estavam pescando, tornaram-se pescadores de homens. Tiago e João estavam consertando as redes, continuaram cuidando da grande rede que é a Igreja.
Santo André é citada várias vezes nos Evangelhos. Jo 6,5-12 narra que um dia havia uma grande multidão ouvindo Jesus. Como estava ficando tarde e estavam longe de qualquer povoado, Jesus perguntou a Filipe: “Onde vamos comprar pão para todo este pessoal? Filipe respondeu: Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um pedacinho a cada um! André, irmão de Simão Pedro, disse: Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dói peixes. Mas, que é isso para tanta gente?... Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.” Resultado: todos comeram e ainda sobraram doze cestos.
Veja a grande diferença entre as duas atitudes: a de Filipe e a de André. Filipe disse que não tinha jeito de resolver o problema; André, apesar de ver a desproporção entre o que ele tinha e o necessário, apresentou a Jesus o que ele tinha, e Jesus multiplicou. Deus gosta de multiplicar as coisas, depois que demos o primeiro passo, apresentando-lhe o pouco que temos.
Que Santo André nos ajude a imitá-lo, não só em relação a alimento, mas a tudo. É só apresentar o pouquinho que temos ou que podemos, Deus multiplica. Deus profere que o primeiro passo na solução dos problemas seja dado por nós.
Cada vez que há um problema para resolver em nossas Comunidades, aparecem as duas reações: a de Filipe, negativa, e a de André, positiva.
André apresentou a Jesus aqueles cinco pãezinhos, jogando no escuro, porque ele não sabia o que Jesus ia fazer. A fé consiste exatamente nisso: dar um passo no escuro, caminhar como se visse o invisível.
As nossas famílias, as nossas Comunidades e o nosso bairro estariam bem melhores se nós apresentássemos os nossos cinco pãezinhos. As pastorais costumam fazer isso, e maravilhas acontecem.
Diz a tradição que Santo André foi um Apósstolo zeloso e um grande pregador do Evangelho. Ele pregou em muitas regiões, e finalmente morreu crucificado na Acaia, que é um município da Grécia, localizado na fronteira do País.
Assim como chamou a Santo André, Deus nos chama a todos nós, neste tempo do advento, para darmos um passo à frente na vida cristã. Cada um de nós vai escolher o setor para dar esse passo: a família, a Comunidade, a vida na sociedade...
Havia, certa vez, um rapaz que todos os dias ia para o trabalho de trem. Em determinado lugar, o trem passava por um longo e alto viaduto, onde se podia ver o interior de alguns apartamentos de prédios localizados ao lado da avenida.
Começou a chamar a atenção do rapaz uma senhora idosa que sempre que ele passava, ela estava deitada sobre uma cama. A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava.
Em um domingo, o jovem resolver visitar aquela mulher. Comprou um belo presente e levou para ela. Logo ao chegar, contou-lhe que a via todos os dias pela janela do trem. Descobriu que ela morava apenas com uma neta que trabalhava durante o dia.
Para surpresa sua, na segunda-feira, quando ele passou ela estava sorrindo e acenando para ele, apesar de não o distinguir, devido à sua vista fraca.
O gesto de amor do moço deu ânimo àquela senhora e jogou mais luz na sua vida. Este rapaz teve um gesta parecido com o de Santo André, tanto ao respondeu ao chamado de Jesus, como na cena da multiplicação dos pães.
O Evangelho narra Jesus chamando quatro Apóstolos: Simão Pedro, André, João de Tiago.
Como é bom ser chamado por Deus! Nós também somos chamados. Todos sem exceção, porque, se fomos criados por Deus, é porque ele tinha em mente uma vocação para nos dar.
Nós admiramos a resposta pronta dos quatro. Pronta e decidida, porque todos eles perseveraram até a morte. Chama a nossa atenção também as renuncias deles, para poderem seguir a Jesus: deixaram bens materiais como redes, barcos, deixaram a família... e ganharam cem vezes mais.
Outro detalhe importante é que todos estavam trabalhando. Deus gosta de chamar quem está trabalhando, porque vocação é trabalho. Quem não gosta de trabalhar, não vai perseverar no chamado de Deus.
Inclusive, Jesus não os tirou do trabalho; apenas mudou um pouquinho: Pedro e André estavam pescando, tornaram-se pescadores de homens. Tiago e João estavam consertando as redes, continuaram cuidando da grande rede que é a Igreja.
Santo André é citada várias vezes nos Evangelhos. Jo 6,5-12 narra que um dia havia uma grande multidão ouvindo Jesus. Como estava ficando tarde e estavam longe de qualquer povoado, Jesus perguntou a Filipe: “Onde vamos comprar pão para todo este pessoal? Filipe respondeu: Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um pedacinho a cada um! André, irmão de Simão Pedro, disse: Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dói peixes. Mas, que é isso para tanta gente?... Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.” Resultado: todos comeram e ainda sobraram doze cestos.
Veja a grande diferença entre as duas atitudes: a de Filipe e a de André. Filipe disse que não tinha jeito de resolver o problema; André, apesar de ver a desproporção entre o que ele tinha e o necessário, apresentou a Jesus o que ele tinha, e Jesus multiplicou. Deus gosta de multiplicar as coisas, depois que demos o primeiro passo, apresentando-lhe o pouco que temos.
Que Santo André nos ajude a imitá-lo, não só em relação a alimento, mas a tudo. É só apresentar o pouquinho que temos ou que podemos, Deus multiplica. Deus profere que o primeiro passo na solução dos problemas seja dado por nós.
Cada vez que há um problema para resolver em nossas Comunidades, aparecem as duas reações: a de Filipe, negativa, e a de André, positiva.
André apresentou a Jesus aqueles cinco pãezinhos, jogando no escuro, porque ele não sabia o que Jesus ia fazer. A fé consiste exatamente nisso: dar um passo no escuro, caminhar como se visse o invisível.
As nossas famílias, as nossas Comunidades e o nosso bairro estariam bem melhores se nós apresentássemos os nossos cinco pãezinhos. As pastorais costumam fazer isso, e maravilhas acontecem.
Diz a tradição que Santo André foi um Apósstolo zeloso e um grande pregador do Evangelho. Ele pregou em muitas regiões, e finalmente morreu crucificado na Acaia, que é um município da Grécia, localizado na fronteira do País.
Assim como chamou a Santo André, Deus nos chama a todos nós, neste tempo do advento, para darmos um passo à frente na vida cristã. Cada um de nós vai escolher o setor para dar esse passo: a família, a Comunidade, a vida na sociedade...
Havia, certa vez, um rapaz que todos os dias ia para o trabalho de trem. Em determinado lugar, o trem passava por um longo e alto viaduto, onde se podia ver o interior de alguns apartamentos de prédios localizados ao lado da avenida.
Começou a chamar a atenção do rapaz uma senhora idosa que sempre que ele passava, ela estava deitada sobre uma cama. A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava.
Em um domingo, o jovem resolver visitar aquela mulher. Comprou um belo presente e levou para ela. Logo ao chegar, contou-lhe que a via todos os dias pela janela do trem. Descobriu que ela morava apenas com uma neta que trabalhava durante o dia.
Para surpresa sua, na segunda-feira, quando ele passou ela estava sorrindo e acenando para ele, apesar de não o distinguir, devido à sua vista fraca.
O gesto de amor do moço deu ânimo àquela senhora e jogou mais luz na sua vida. Este rapaz teve um gesta parecido com o de Santo André, tanto ao respondeu ao chamado de Jesus, como na cena da multiplicação dos pães.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
JESUS EXULTOU NO ESPÍRITO SANTO
Este Evangelho narra o que aconteceu logo após o retorno dos setenta e dois discípulos, de sua primeira viagem missionária. Eles, muito alegres, contaram para Jesus: “Senhor, até os demônios nos obedecem por causa do teu nome”. Os discípulos se maravilham do poder que tem o nome de Jesus e o seu Evangelho.
Diante disso, Jesus exulta de alegria no Espírito Santo e faz uma oração de louvor a Deus Pai, em nome dos setenta e dois e de todos nós, quando presenciamos maravilhas operadas por Deus através do nosso trabalho pastoral e missionário. Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.
É a alegria do Missionário, enviado pelo Pai, que vê, pela primeira vez, a sua obra sendo continuada por outros, e o Espírito Santo acompanhando da mesma forma. A alegria é grande, porque Jesus sabe que estes setenta e dois são apenas os primeiros de uma fila imensa, que atravessara os continentes e os séculos.
“Essas coisas”, a que Jesus se refere, são as ações maravilhosas operadas por Deus, através dos seus discípulos.
“Eu vi satanás cair do céu como um relâmpago.” Agora sim, satanás foi derrotado em toda a terra, e derrotado definitivamente.
O Evangelho tem uma força misteriosa para transformar os corações e construir Comunidades, germes de um mundo novo. Evangelizar não é apenas fazer propaganda do Evangelho, mas é ser instrumento da força que o Evangelho tem de transformar, libertar, purificar, converter, expulsar demônios e construir um mundo novo. Para isso, o discípulo não precisa cair no ativismo, mas jogar-se com fé nas mãos de Deus, como fez Maria Santíssima: “Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Jesus exulta ao ver Deus Pai do lado, não dos sábios, inteligentes, ou dos grandes profetas e reis do Antigo Testamento, mas do lado dos pequeninos que são os seus discípulos. Estes têm seus nomes escritos nos céus, como matrícula dos continuadores de Jesus. Portanto, não precisamos ter inveja de nenhum sábio, poderoso ou súper inteligente; o nosso tesouro é a nossa vocação de ser discípulos de Jesus. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes”. Ser discípulos de Jesus é a melhor parte, a melhor riqueza, a felicidade completa.
“Tudo me foi entregue por meu Pai... E ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Deus Pai confia absolutamente em Jesus, por isso lhe entregou tudo, inclusive a graça de conhecê-lo. O Pai e o Filho compartilham a mesma vida, no Espírito Santo.
Certa vez, um mestre passeava em um campo de trigo, quando um discípulos se aproximou e lhe expôs o seguinte problema pessoal: “Mestre, eu não sei distinguir qual é o meu verdadeiro ideal”.
O mestre lhe perguntou: “O que significa este anel no seu dedo?” “Meu pai me deu antes de morrer”, respondeu o jovem. “Pois me entregue”, pediu o mestre. O discípulo tirou o anel e lhe deu. Na hora, o mestre atirou o anel no meio do campo.
“E agora?” gritou o jovem – “Terei de parar tudo o que estou fazendo para procurar o anel, pois ele é muito importante para mim!”
O mestre concluiu: “Quando achá-lo, lembre-se: Você mesmo respondeu a sua pergunta. Ideal é aquilo que você coloca em primeiro lugar na vida, e pelo qual sacrifica tudo o mais”.
Feliz de quem tem um ideal na vida. E mais feliz ainda quem escolhe como ideal ser discípulo ou discípula de Jesus.
Que este seja o nosso principal gesto ao acolher Jesus no advento.
Diante disso, Jesus exulta de alegria no Espírito Santo e faz uma oração de louvor a Deus Pai, em nome dos setenta e dois e de todos nós, quando presenciamos maravilhas operadas por Deus através do nosso trabalho pastoral e missionário. Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.
É a alegria do Missionário, enviado pelo Pai, que vê, pela primeira vez, a sua obra sendo continuada por outros, e o Espírito Santo acompanhando da mesma forma. A alegria é grande, porque Jesus sabe que estes setenta e dois são apenas os primeiros de uma fila imensa, que atravessara os continentes e os séculos.
“Essas coisas”, a que Jesus se refere, são as ações maravilhosas operadas por Deus, através dos seus discípulos.
“Eu vi satanás cair do céu como um relâmpago.” Agora sim, satanás foi derrotado em toda a terra, e derrotado definitivamente.
O Evangelho tem uma força misteriosa para transformar os corações e construir Comunidades, germes de um mundo novo. Evangelizar não é apenas fazer propaganda do Evangelho, mas é ser instrumento da força que o Evangelho tem de transformar, libertar, purificar, converter, expulsar demônios e construir um mundo novo. Para isso, o discípulo não precisa cair no ativismo, mas jogar-se com fé nas mãos de Deus, como fez Maria Santíssima: “Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Jesus exulta ao ver Deus Pai do lado, não dos sábios, inteligentes, ou dos grandes profetas e reis do Antigo Testamento, mas do lado dos pequeninos que são os seus discípulos. Estes têm seus nomes escritos nos céus, como matrícula dos continuadores de Jesus. Portanto, não precisamos ter inveja de nenhum sábio, poderoso ou súper inteligente; o nosso tesouro é a nossa vocação de ser discípulos de Jesus. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes”. Ser discípulos de Jesus é a melhor parte, a melhor riqueza, a felicidade completa.
“Tudo me foi entregue por meu Pai... E ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Deus Pai confia absolutamente em Jesus, por isso lhe entregou tudo, inclusive a graça de conhecê-lo. O Pai e o Filho compartilham a mesma vida, no Espírito Santo.
Certa vez, um mestre passeava em um campo de trigo, quando um discípulos se aproximou e lhe expôs o seguinte problema pessoal: “Mestre, eu não sei distinguir qual é o meu verdadeiro ideal”.
O mestre lhe perguntou: “O que significa este anel no seu dedo?” “Meu pai me deu antes de morrer”, respondeu o jovem. “Pois me entregue”, pediu o mestre. O discípulo tirou o anel e lhe deu. Na hora, o mestre atirou o anel no meio do campo.
“E agora?” gritou o jovem – “Terei de parar tudo o que estou fazendo para procurar o anel, pois ele é muito importante para mim!”
O mestre concluiu: “Quando achá-lo, lembre-se: Você mesmo respondeu a sua pergunta. Ideal é aquilo que você coloca em primeiro lugar na vida, e pelo qual sacrifica tudo o mais”.
Feliz de quem tem um ideal na vida. E mais feliz ainda quem escolhe como ideal ser discípulo ou discípula de Jesus.
Que este seja o nosso principal gesto ao acolher Jesus no advento.
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