segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

NÃO SEREIS VÓS QUE HAVEREIS DE FALAR, MAS SIM O ESPÍRITO DO VOSSO PAI.

Mt 10,17-22

Hoje é a festa de Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. Por isso que nós o celebramos logo após o Natal. Ele é o primeiro discípulo dessa criança que nasceu em Belém, e que o seguiu até no martírio.

No Evangelho, próprio da festa, Jesus nos alerta sobre a perseguição que todo cristão sofre, vivendo no meio desse mundo pecador. E ele nos dá orientações sobre como nos comportar nessas horas. Ele pede para não nos preocuparmos com o que falar, pois naquele momento nos será indicado o que devemos dizer. “Não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai”.

Santo Estevão foi a primeira vítima dessas perseguições, depois de Jesus. A primeira Leitura da Missa de hoje narra o seu martírio (At 6,8-10; 7,54-59).

Veja um resumo do que narra At 6-8: Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo... No entanto, começaram a discutir com ele. Como não conseguiam resistir à sabedoria de Estêvão, subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizer blasfêmias contra Moisés e contra nosso Deus”. Então os doutores da Lei o prenderam e o conduziram ao sinédrio.

Lá, o sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “É verdade o que estão dizendo?” Estêvão aproveitou a pergunta para provar, pelas Escrituras, que Jesus é o Messias esperado. Ele fez um discurso longo e belíssimo. Destaques:

O testemunho de Abraão a respeito do Messias.

José foi perseguido por seus irmãos, por inveja (indireta às autoridades ali presentes). O exílio Babilônico aconteceu devido à dureza do coração do povo (outra indireta).

Citando Is 66, Estêvão relativiza o Templo de Jerusalém, dizendo que o Altíssimo não mora em casa feita por mãos humanas: “O céu é o meu trono, e a terra é o apoio dos meus pés. Que casa construireis para mim? Não foi minha mão que fez todas essas coisas? Tudo o que existe fui eu que fiz! Eu olho para o aflito e o de espírito abatido, e também para aquele que estremece diante das minhas palavras!”

Em seguida, Estêvão falou claro: “Homens teimosos, insensíveis e fechados à vontade de Deus! Vocês sempre resistiram ao Espírito Santo. São hoje como foram seus pais! A qual dos profetas os pais de vocês não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual agora vocês se tornaram traidores e assassinos. Vocês receberam a Lei promulgada através da anjos, e não a observam!”

“Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. Repleto do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e disse: ‘Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus’. Então eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram contra Estevão, arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estevão clamou dizendo: ‘Senhor Jesus, acolhe o meu espírito’. Depois dobrou os joelhos e gritou forte:
‘Senhor, não os condenes por este pecado.’ E, ao dizer isto, adormeceu.” (At 7,51-60).

Este “Saulo” é São Paulo. Santo Agostinho fala que foi certamente aquela oração de Estêvão que conseguiu de Deus a conversão de São Paulo. “Se Estêvão não tivesse rezado” – escreve Santo Agostinho – “certte hoje não teríamos o grande Apóstolo dos gentios”.

Estêvão deixou muitos exemplos para nós. Podemos destacar a oração pelos perseguidores, e o seu comportamento na hora da perseguição, aproveitando para evangelizar.

Que Maria Santíssima, e Santo Estevão, nos ajudem a ser testemunhas de Jesus, nas horas fáceis e também nas difíceis.

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