Lc 1,5-25
Este Evangelho narra o anúncio do nascimento de João Batista, feito pelo Anjo Gabriel a seu pai Zacarias.
Na Bíblia, Deus costuma dar preferência aos pobres e excluídos, a fim de tê-los como seus instrumentos. Foi o que ele fez com este casal, Zacarias e Isabel, idosos e ela estéril. É principalmente na debilidade humana que Deus mostra a sua força e a gratuidade do seu amor a nós. Ele que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45).
“Deus ouviu tua súplica”, disse o anjo a Zacarias. Ele pedira tanto para Deus a graça de ser pai de um filho, que havia desanimado. E justamente agora, que vem a resposta, ele duvida. Quanta gente reza, durante anos e anos, pedindo uma graça, e depois desanima!
Não podemos duvidar de Deus, mesmo que, como Zacarias e Isabel, tenhamos de esperar toda uma vida para ver seus sinais. O amor de Deus por nós nunca falha.
“Zacarias perguntou ao anjo: Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada”. Ele se esqueceu de que para Deus nada é impossível. Por não ter acreditado, ficou mudo até o nascimento do filho.
A missão de João Batista é parecida com a missão da Igreja, com a nossa missão: sermos precursores de Cristo e preparadores dos corações para recebê-lo. Com o testemunho da fé ligada à vida, mostramos para as pessoas o verdadeiro caminho que conduz à felicidade e à vida. Assim, não se repetirá hoje o que João disse a respeito dos judeus: “No meio de vós está um a quem vós não conheceis”.
A atitude de Zacarias contrasta com a fé e absoluta confiança e disponibilidade de Maria Santíssima, numa situação semelhante. Quando, na cena da anunciação, o mesmo anjo Gabriel lhe comunica o plano de Deus, Maria responde com um “sim” incondicional: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).
Ter fé é acreditar, mesmo sem compreender, e acreditar de corpo e alma. Quem crê, confia em Deus e se joga no cumprimento da sua vontade, com amor e generosidade.
O Natal está chegando. Deus vem nos visitar e espera abertura da nossa parte. Será um novo nascimento de Jesus para a humanidade, e Deus quer que sejamos estrelas que o anunciem e indiquem onde ele está.
Antífona do Ó de hoje: “Ó Raiz de Jessé, ó estandarte, levantado em sinal para as nações! Ante vós se calarão os reis da terra, e as nações implorarão misericórdia: Vinde salvar-nos! Libertai-nos sem demora!”
Certa vez, no dia do Natal, uma catequista foi à igreja rezar um pouco no presépio, e lá não estava o Menino Jesus. Ele ficou encabulada. Saindo fora da igreja, viu um menino puxando um caminhãozinho, no qual estava o Menino Jesus. Ela disfarçou a surpresa, aproximou-se do garotinho, pôs a mão no seu ombro e disse: “Você está brincando um pouquinho, não é?” O menino respondeu: “Sim. É porque eu prometi ao Menino Jesus que, se eu ganhasse um caminhãozinho, ia dar uma voltinha com ele. Mas eu já dei a voltinha e estou voltando para colocá-lo de novo no presépio”.
Aí está uma boa dica para nós nos prepararmos para o Natal: carregar o Menino Jesus, não só uma voltinha, mas o tempo todo. E se alguém nos perguntar, vamos dizer claramente: é porque eu prometi a ele no meu santo batismo. Prometi e fiel serei por toda a vida. Vou levar o Menino Jesus a toda parte por onde eu andar.
Que Maria Santíssima, e os três santos do Evangelho de hoje – Zacarias, Isabel e João Batista – nos ajudem a transformar a nossa fé em vida e a nossa vida em fé, preparando-nos assim para o Natal.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado
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