sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A mão do Senhor estava com ele.

Lc 1,57-66


ESTE EVANGELHO NARRA O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA.
A mão do Senhor estava com João Batista, para protegê-lo sempre e para que ele crescesse e se desenvolvesse na direção do plano de Deus para o qual foi criado. Sua missão era muito importante: preparar o caminho do Jesus, preparando o povo para recebê-lo. Ele devia ser “uma voz que clama no deserto” (Lc 3,4).

João colaborou com a graça de Deus: foi para o deserto, fez penitência, anunciou a justiça e denunciou a injustiça. Foi corajoso, e por isso morreu mártir.

Também nós temos uma missão na terra, que é só nossa, como João Batista. Ele é um exemplo para nós. Na crisma, nós nos tornamos profetas de Cristo e membros ativos da sua Igreja, na qual devemos cumprir uma função, isto é, uma pastoral, ministério ou serviço. A mão do Senhor está conosco, como esteve sempre com João Batista.

“A Boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus.” O primeiro gesto profético de João Batista foi, logo que nasceu, abrir a boca de seu pai Zacarias. O profeta abre os nossos ouvidos para ouvirmos os recados que Deus tem para o povo, abre os nossos olhos para vermos o mundo que nos rodeia, e abre a nossa boca para proclamar, apontando as situações evangélicas e denunciando as situações anti-evangélicas. Não é fácil fazer isso, mas a mão do Senhor está conosco.

O Novo Testamento começa com dois fatos humanamente impossíveis, e que por isso exigiram muita fé: uma senhora idosa dá à luz, e uma jovem fica grávida sem relação com um homem. O plano de Deus ultrapassa as realidades empíricas e naturais, por isso exigem fé.

Santo Tomás de Aquino era italiano e viveu no Séc. XIII. Entrou na Ordem dos Dominicanos e tornou-se um dos maiores teólogos da Igreja.

Era um homem muito simples, alegre e brincalhão. Era também, dizem, um pouco distraído, o que é próprio das pessoas de inteligência muito profunda.

Um dia, ele estava almoçando, chegou um Irmão e lhe disse: “Pe. Tomás, venha aqui fora ver um boi voando!”

Ele foi, coitado! Chegou lá fora, olhou para cima e não viu nada. Então o Irmão deu risada e disse: “Mas Pe. Tomás, onde já se viu um boi voar!” Ele respondeu: “Eu acho mais fácil um boi voar do que um religioso mentir”.

Pronto. Foi buscar lã e saiu tosquiado.

Os pecadores gostam de mentir. Mentem até por brincadeira. Mas os cristãos não estão acostumados com mentira; por isso às vezes acredita nas pessoas até “demais”. O profeta é fiel à verdade.

Que Maria Santíssima, a Rainha dos Profetas, e S. João Batista, nos ajudem a ser bons profetas e boas profetizas de Deus.

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