quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

AQUELE QUE FAZ A VONTADE DE MEU PAI ENTRARÁ NO REINO DOS CÉUS.

Este Evangelho narra a belíssima parábola da casa construída sobre a rocha. Jesus identifica por em prática a sua palavra com por em prática a vontade de Deus Pai. Identifica também construir sobre a rocha com entrar no Reino dos Céus. Fica clara a importância de praticarmos as palavras de Jesus para podermos receber a salvação eterna. Em vez de fazer, Jesus usa a expressão por em prática a vontade de Deus. Isso para deixar bem claro que não basta também conhecermos ou até divulgarmos os mandamentos de Deus.

“Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus.” A nossa salvação não depende da nossa oração. Ela é meio. A nossa salvação depende mesmo é de por em prática as palavras de Jesus.

Também a nossa salvação não depende de ouvirmos as palavras de Jesus, e sim, de a colocarmos em prática. Os dois que constroem suas casas – um sobre a rocha e o outro sobre a areia – ouvem a Palavra de Deus. De fato, hoje é muito fácil ouvir as palavras de Jesus, e também de lê-las. Por isso, freqüentemente percebemos certa distância entre a Palavra de Deus que ouvimos e a vida que levamos. Mas não nos importamos muito com isso. Aí que mora o perigo.

Com esta parábola, Jesus derruba todas as nossas desculpas e subterfúgios, e centraliza a nossa salvação no por em prática as suas palavras.

No fundo, a parábola nos pega de cheio e nos chama a todos de imprudentes, porque gostamos muito mais de ouvir a Palavra de Deus do que de praticá-la. Ouvir é até gostoso, se for bem apresentada. Em outras palavras, o que gostamos mesmo é de construir sobre a areia.

Quantas pessoas conseguem enganar os outros, fazendo falcatruas em segredo. Mas cuidado: “Não há nada de oculto que um dia não seja revelado”.

Olhando-nos com sinceridade, temos de reconhecer que existe certa distância entre os ensinamentos de Jesus e a vida que levamos. Apesar disso, continuamos ouvindo, ouvindo, ouvindo... e pouco nos preocupando com a conversão de vida. Em outras palavras, continuamos construindo sobre a areia. Portanto, se, após a nossa morte, nos sairmos bem no Juízo, será por pura misericórdia de Deus.

Quem constrói uma casa sem alicerce é sem juízo; além de jogar dinheiro fora, ainda arrisca a própria vida e da família. O mesmo acontece com quem quer levar uma vida dupla, com dois comportamentos diferentes: na sociedade e na igreja.

“Quem avisa amigo é.” Ao nos contar esta parábola, Jesus mostrou que é nosso amigo, a fim de não termos surpresas desagradáveis depois.

Que as pessoas, quando se referirem a nós, não tenham de dizer como Jesus falava a respeito dos fariseus: “Sigam o que ele ou ela fala, mas não imitem suas ações”.

Se a nossa casa tiver alguma rachadura, que a reforcemos neste tempo do advento para que, quando Jesus chegar, ele não nos chame de sem juízo.

Certa vez, um homem disse ao seu amigo: “Eu tenho ido à igreja por trinta anos, ouvi uns três mil sermões, e não consigo me lembrar de nem um. Estou preocupado com isso”.

O amigo respondeu: “Eu estou casado há trinta anos. Durante este tempo, minha esposa deve ter cozinhado umas trinta e duas mil refeições para mim. Mas eu não consigo me lembrar do cardápio de nem uma. Mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força necessária para eu fazer o meu trabalho. Se minha esposa não me tivesse dado essas refeições, eu já teria morrido há muito tempo. Da mesma maneira, se você não tivesse ouvido esses tantos sermões, hoje você seria um marginal”.

A Palavra de Deus é como a semente que, quando semeada, cresce por si mesma. Basta não colocarmos obstáculos, que a Palavra de Deus cresce e produz fruto em nós por si mesma, sem que percebamos. O problema é que o maligno também semeia em nós a sua cizânia, e esta, devido ao pecado que existe dentro de nós e no mundo, cresce mais rápido e tende a abafar a Palavra de Deus.

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