terça-feira, 29 de novembro de 2011

JESUS EXULTOU NO ESPÍRITO SANTO

Este Evangelho narra o que aconteceu logo após o retorno dos setenta e dois discípulos, de sua primeira viagem missionária. Eles, muito alegres, contaram para Jesus: “Senhor, até os demônios nos obedecem por causa do teu nome”. Os discípulos se maravilham do poder que tem o nome de Jesus e o seu Evangelho.

Diante disso, Jesus exulta de alegria no Espírito Santo e faz uma oração de louvor a Deus Pai, em nome dos setenta e dois e de todos nós, quando presenciamos maravilhas operadas por Deus através do nosso trabalho pastoral e missionário. Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.

É a alegria do Missionário, enviado pelo Pai, que vê, pela primeira vez, a sua obra sendo continuada por outros, e o Espírito Santo acompanhando da mesma forma. A alegria é grande, porque Jesus sabe que estes setenta e dois são apenas os primeiros de uma fila imensa, que atravessara os continentes e os séculos.

“Essas coisas”, a que Jesus se refere, são as ações maravilhosas operadas por Deus, através dos seus discípulos.

“Eu vi satanás cair do céu como um relâmpago.” Agora sim, satanás foi derrotado em toda a terra, e derrotado definitivamente.

O Evangelho tem uma força misteriosa para transformar os corações e construir Comunidades, germes de um mundo novo. Evangelizar não é apenas fazer propaganda do Evangelho, mas é ser instrumento da força que o Evangelho tem de transformar, libertar, purificar, converter, expulsar demônios e construir um mundo novo. Para isso, o discípulo não precisa cair no ativismo, mas jogar-se com fé nas mãos de Deus, como fez Maria Santíssima: “Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Jesus exulta ao ver Deus Pai do lado, não dos sábios, inteligentes, ou dos grandes profetas e reis do Antigo Testamento, mas do lado dos pequeninos que são os seus discípulos. Estes têm seus nomes escritos nos céus, como matrícula dos continuadores de Jesus. Portanto, não precisamos ter inveja de nenhum sábio, poderoso ou súper inteligente; o nosso tesouro é a nossa vocação de ser discípulos de Jesus. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes”. Ser discípulos de Jesus é a melhor parte, a melhor riqueza, a felicidade completa.

“Tudo me foi entregue por meu Pai... E ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Deus Pai confia absolutamente em Jesus, por isso lhe entregou tudo, inclusive a graça de conhecê-lo. O Pai e o Filho compartilham a mesma vida, no Espírito Santo.
Certa vez, um mestre passeava em um campo de trigo, quando um discípulos se aproximou e lhe expôs o seguinte problema pessoal: “Mestre, eu não sei distinguir qual é o meu verdadeiro ideal”.

O mestre lhe perguntou: “O que significa este anel no seu dedo?” “Meu pai me deu antes de morrer”, respondeu o jovem. “Pois me entregue”, pediu o mestre. O discípulo tirou o anel e lhe deu. Na hora, o mestre atirou o anel no meio do campo.

“E agora?” gritou o jovem – “Terei de parar tudo o que estou fazendo para procurar o anel, pois ele é muito importante para mim!”

O mestre concluiu: “Quando achá-lo, lembre-se: Você mesmo respondeu a sua pergunta. Ideal é aquilo que você coloca em primeiro lugar na vida, e pelo qual sacrifica tudo o mais”.

Feliz de quem tem um ideal na vida. E mais feliz ainda quem escolhe como ideal ser discípulo ou discípula de Jesus.

Que este seja o nosso principal gesto ao acolher Jesus no advento.

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